Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

fotografias, mas que não reconheceu nenhuma. Por isso, fizeram um retrato-robô
a partir da descrição que ele lhes deu.
— Isso é uma carga de trabalhos.
— Exato — retorquiu Dremmler. — Logo, alguma coisa se passa. De grande
importância para os americanos. Anda um deles a conversar com um árabe. E
nós gostaríamos de saber do que se trata. Estará um a comprar e o outro a
vender? Precisamos que vejas se o Griezman apontou alguma coisa.
— Porquê? — perguntou Muller. — Porquê ajudar o Griezman ou os
americanos?
— Vamos estar a ajudar-nos a nós próprios — respondeu Dremmler. — Não
percebes? Podemos meter-nos no meio disto. Vai haver dinheiro a passar num
sentido e outra coisa qualquer a passar no outro. E podemos servir-nos tanto de
uma coisa como da outra. Ou de ambas. E podemos servir-nos delas melhor do
que eles poderiam. Bastaria uma parte para nos ajudar a marcar uma posição.
Eles têm a causa deles e nós temos a nossa. Que vença o melhor.
— Estamos a planear algum assalto?
— Devíamos pelo menos pôr essa possibilidade.
— Okay — retorquiu Muller. — Vou ver o que consigo descobrir.
Um empregado com um casaco curto levantou-lhes os pratos.
— Mais uma coisa — disse Dremmler.
— Sim? — respondeu Muller.
— Quatro dos nossos membros mais jovens foram espancados à porta de um
bar. Ficaram bastante maltratados. Afirmam que o agressor era um homem muito
grande. Um americano, pró-ocupação. Estava com uma mulher de cabelos
escuros.
— E?
— De acordo com o Helmut Klopp, eram esses os investigadores especiais
que vieram da América. As descrições correspondem inteiramente.
— Okay.
— Não posso deixar passar incólume uma coisa dessas. O Klopp diz que o
homem se chama Reacher e que a mulher se chama Neagley. Gostaria de os

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