Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

encontrar. Tenho a certeza de que o teu chefe dos detetives sabe onde estão
hospedados. Preciso que vejas se ele apontou isso.
— Okay — repetiu Muller. — Vou ver o que consigo descobrir.


Às dez da noite, hora de Hamburgo, Ratcliffe aprovou o plano B. E, às onze,
Reacher desistiu dele. A mensageira não tinha voltado para o apartamento.
Nunca contara fazê-lo. Isso já era mais do que evidente. Griezman disse que ela
podia ter apanhado qualquer um dos vinte ou mais voos internacionais durante
essas últimas horas. Ou um voo nacional para Berlim, onde teria o mundo inteiro
a um simples saltinho de distância. Ou ter ido de carro até Amesterdão. Ou ter
apanhado um comboio até Paris. Ou ter ido para outra casa segura na cidade, o
que, por si só, era todo um outro pesadelo.
Reacher e Sinclair estavam no quarto de Sinclair, já de duche tomado e
vestidos há muito. Neagley regressara. Tinham-na posto ao corrente de toda
aquela trapalhada horrível. As pistas ignoradas, as suposições erradas, as
ligações tardias. O que levou, inevitavelmente, a uma discussão sobre os passos
seguintes. O que levou, por seu turno e também inevitavelmente, a uma
discussão sobre a impressão digital. Sinclair afirmou:
— A Sexta Emenda dá direito ao Wiley a ser rapidamente julgado pelo
homicídio. Coisa que não aconteceria, já que o iríamos amarrar durante vários
anos com a outra coisa. E não podemos deixar que os alemães lhe ponham a mão
em cima primeiro porque assim arriscamo-nos a nunca mais o recuperar.
— Podíamos negociar isso antecipadamente — retorquiu Neagley.
— Não nos podemos pôr numa posição que nos obrigue a pedir autorização
aos alemães para tratarmos da nossa segurança nacional da maneira que
queremos.
— Teríamos de abdicar de toda uma série de competências.
— Reacher? — perguntou Sinclair.
E ele respondeu:
— Acho que é cinquenta-cinquenta. Uma busca física por toda a cidade seria

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