Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

— Acha que é assim tão simples?
— Sou polícia militar.
— Se puder, ajudo-o — afirmou Griezman.
— Obrigado.
— Do que precisa?
— Podia dizer ao seu tipo do turno da noite para passar o resto do turno aqui
mesmo. Vem tudo afunilar aqui. O Wiley pode voltar a passar cá. E se assim for,
prendam-no depois de lhe pedirem a identificação por ser estrangeiro. E
mantenham-no no carro até eu chegar.
— Há muitas outras maneiras de sair deste complexo. Há ciclovias e pontes
pedonais, na parte de trás. E uma ponte grande que vai dar à paragem de
autocarro na estrada principal.
— Pode ser que nos saia a sorte grande. Pode ser que ele queira mais
champanhe.
— Diga-me uma coisa sobre o homem cuja identidade está a esconder. Vai
ser castigado?
— Sim — respondeu Reacher. — Vai.
— Isso é bom.
— Gostava dela, não era?
— Levo-o de volta ao hotel — retorquiu Griezman.


Wiley deixou ficar o champanhe mais trinta minutos no frigorífico. Depois,
arrancou o invólucro de alumínio e tirou-lhe a rolha com cuidado, utilizando os
polegares, lenta e delicadamente, até se ouvir um ligeiro e educado estalido e a
rolha cair ao chão.
Serviu-se de um copo, que também tinha passado trinta minutos no
frigorífico, e levou-o para a mesa, onde o mapa da Argentina se encontrava
aberto. Os contornos do rancho estavam marcados com a gordura da ponta dos
dedos. Agora, era verdadeiramente o seu rancho. Ou não tardaria nada, assim
que o dinheiro chegasse a Zurique para depois sair logo de lá. Ou, mais

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