Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

concretamente, assim que uma parte saísse logo de lá. Tudo, não. Tinha gostado
da rapariga que enviaram com a mensagem. O que lhe posso dizer, senhor, é que
aceitamos o seu preço. Era educada. Assim para o deferente. Como quando
desapertara o terceiro botão. Na Argentina, haveria raparigas assim. Morenas,
como ela. Tímidas, mas sem escolha.
Levantou-se e encheu outra vez o copo. Ergueu-o bem alto, como se
estivesse a brindar com uma multidão de milhares a aclamá-lo. Horace Wiley, de
Sugar Land, no Texas. Rei do mundo.


Reacher pôs-se à escuta à porta do quarto de Sinclair e ouviu gente a falar,
por isso, bateu e ela disse:
— Entre.
Neagley estava lá, e também Bishop, do consulado. O chefe da base. Sinclair
estava sentada na cama, com Bishop e Neagley instalados nas poltronas de
veludo verde. Neagley tinha uns apontamentos escritos à mão no colo.
— Progressos? — perguntou Reacher.
— E tu?
— Acho que ele vive num complexo de apartamentos perto do cais. Um dos
tipos do Griezman reparou nele. Tinha ido comprar champanhe.
— Para comemorar — disse Bishop.
Reacher assentiu.
— Devemos partir do princípio de que a negociação chegou ao fim.
Devemos partir do princípio de que acertaram o preço. A engrenagem está em
movimento.
— E o complexo de apartamentos é muito grande?
— Enorme.
— E há documentação?
— Nada no nome do Wiley.
— E ele está lá agora?
— Quase de certeza.

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