Interrompeu a ligação.
E Sinclair disse:
— Pelo menos, agora sabemos de que tipo de coisa se trata. Não é um
documento. Não são informações. É preciso uma carrinha de distribuição
grande, com uma porta das que sobe.
— Para a encostar a um veículo semelhante — completou Neagley. —
Porquê? Se a carga já se encontra numa carrinha, para quê arranjar outra?
— Se calhar, a primeira carrinha foi roubada — retorquiu Reacher. — Se
calhar, o tipo está preocupado com a possibilidade de o mandarem parar.
Neagley virou-se e começou a passar em revista a concertina de telex. Casos
arquivados de crimes contra a propriedade na Alemanha, perto de instalações
militares, durante o destacamento de Wiley. Percorreu com o dedo a lista em
tons cinzentos esbatidos.
Até parar.
E dizer:
— Há sete meses, roubaram uma carrinha de distribuição de uma casa de
móveis de família nos arredores de Frankfurt. A polícia local e depois a nacional
foram informadas da matrícula, mas nunca chegaram a encontrar o veículo.
Recomeçou a percorrer a lista com o dedo. Foi lambendo o polegar e virando
as páginas.
— Mais nada. Bastantes carros, mas acabaram-se as portas que sobem —
afirmou.
— Isso foi três meses antes de ele se ausentar sem autorização — disse
Reacher.
— A ideia já vinha de longe.
— E será que ele roubou a coisa na mesma noite em que roubou a carrinha?
— Quase de certeza. O que começa a definir uma localização. Se ele é do
género de pessoa que se preocupa com a possibilidade de o mandarem parar, iria
roubar a carrinha o mais perto possível, guiá-la o mínimos dos mínimos de
tempo, roubar a coisa, voltar a guiar o mínimo dos mínimos de tempo e esconder
a carrinha assim que pudesse. Num celeiro ou coisa que o valha. Com aquilo
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1