ainda lá dentro. Um percurso triangular, rápido e focado. Quilometragem
mínima. Risco mínimo. Podemos estar perante uma área razoavelmente pequena,
algures nas proximidades de Frankfurt.
— Mas, a seguir, voltou para a unidade dele. E ficou lá três meses. Porquê?
— Não queria dar nas vistas. Estava à espera de uma reação. Escondido à
vista de todos. O que foi uma jogada inteligente. Iríamos estar à procura de
militares ausentes sem autorização e de mauzões que estivessem do lado de fora.
Mas nunca de soldados em serviço. Só que nunca se deu pela falta da coisa. O
alarme nunca soou. Não houve reação. Portanto, mal ele teve a certeza disso, foi-
se embora, na oportunidade seguinte. Escondeu-se em Hamburgo. Demorou
quatro meses a vender a coisa. E agora está a voltar para a ir buscar.
— Isso são grandes conclusões — retorquiu Sinclair. — Não são? Essa
carrinha da casa de móveis pode ter sido roubada por qualquer pessoa.
— Precisamos de saber onde o Wiley estava há sete meses. Precisamos das
ordens de destacamento dele — respondeu Reacher.
— Estão a chegar — disse Neagley.
E, nesse preciso instante, o telex começou a palrar desalmadamente.
Wiley tinha regressado ao centro da cidade na nova e grande carrinha,
deslocando-se lenta e cuidadosamente, avançando palmo a palmo pelo meio do
trânsito, parando nos semáforos e verificando os retrovisores. Deu a volta ao
lago Aussenalster, atravessou a custo St. Georg, virando para oeste,
encaminhando-se para a zona onde morava, mas, muito antes de lá chegar,
cortou à esquerda e passou por cima de uma ponte de metal retangular, entrando
nas docas antigas, onde os cais eram demasiado pequenos para os navios de
carga modernos, o que queria dizer que os armazéns também eram demasiado
pequenos, o que implicava que fosse barato arrendá-los.
Estacionou à frente de uma porta dupla de um verde baço e saiu do banco
alto. A porta dupla tinha ferrolhos com cadeados em cima e em baixo e um fecho
com cadeado ao meio. Ele tinha as três chaves. Abriu a porta do lado direito,