O telefone tocou na sala do consulado. Vanderbilt atendeu e passou-o a
Reacher. Era Orozco. Que perguntou:
— Estamos metidos em sarilhos?
— Ainda não — respondeu Reacher. — Achamos que o Wiley está a ir para
Frankfurt. Pensamos que roubou qualquer coisa do armazém perto da base dele,
há uns sete meses. E achamos que, a seguir, a escondeu. E agora pensamos que
está a ir para lá para a ir buscar.
— Temos bastante gente em Frankfurt.
— Eu sei — retorquiu Reacher. — Se precisar deles, telefono-lhes.
— Despachei finalmente o Billy Bob e o Jimmy Lee. Guardaram o melhor
para o fim. Ao que parece, venderam uma M9 ao Wiley. Portanto, tem isso em
conta. Ele anda armado.
O telefone tocou e Wiley atendeu-o na cozinha. Pelo ruído de fundo,
percebeu logo quem era. O barman amistoso, tornado ainda mais amistoso
graças ao emprego generoso de dinheiro dobrado, em quantias algures entre a
gorjeta e o suborno. Mais um maço extra só para o caso de haver emergências.
Ou alertas. Ou qualquer outra coisa que, na opinião do tipo que estava a receber
o dinheiro, o tipo que o estava a dar agradeceria. Era igual no mundo inteiro.
Tudo não dito, tudo tácito, mas claramente compreendido.
— O Wolfgang Schlupp vai trair-te e chibar-se ao Dremmler — disse o tipo.
— Por quanto? — quis saber Wiley.
— Uma percentagem. O Dremmler diz que estás prestes a encontrar ouro
nazi.
— Estava era prestes a ir à casa de banho.
— Tens até que o Schlupp chegue a casa.
O telefone tocou outra vez na sala do consulado. Landry atendeu e passou-o
a Neagley, que o passou a Reacher. Era Griezman. Que disse: