— Bom trabalho.
— Temos uma base de dados exaustiva com coisas dessas, para referência e
comparação.
— De certeza que sim.
— Foi a coronha de uma Beretta M9.
— Estou a ver — retorquiu Reacher.
— Que corresponde à pistola normalmente utilizada pelo exército americano.
— Eu cá não fui.
— E terá sido o Wiley?
— Não sei.
— E há mais uma coisa — anunciou Griezman.
Mas isso iria ter de esperar, já que houve um semáforo que ficou verde e o
Mercedes avançou para a praça em frente à estação. O céu cinzento fez com que
anoitecesse cedo. Na rua, os candeeiros estavam acesos. As pessoas iam
entrando e saindo em catadupa da estação, rapidamente e decididas, passando
por outras que se encontravam aturdidas e mudas. Havia um stand iluminado,
mais para os fundos. Uma agência de câmbios. Com um tipo.
Griezman estacionou e fizeram o resto do percurso a pé. O homem da
agência era pequeno e moreno. E falava depressa, mesmo em inglês. Reacher
mostrou-lhe o retrato e ele disse:
— Sim, há dois dias, ao final da tarde, marcos alemães e dólares trocados por
pesos argentinos.
— Quanto?
— Uns quatrocentos dólares.
— E ele estava nervoso ou agitado?
— Não parava de olhar em volta. Como se estivesse a pensar.
— Em quê?
— Não faço ideia, pá.
Reacher deu um passo atrás e olhou em volta. Estava a ficar cada vez mais
escuro. Viu torrentes de gente e, mais atrás, a estação de comboios, toda
iluminada, grande e aperaltada como um museu ou catedral. Viu os candeeiros
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1