— Tal como toda a gente. Estavam todos focados para fora da cidade.
Ninguém olhou sequer na direção contrária. Portanto, fiz eu isso, só para ter a
certeza. Duas câmaras montadas em semáforos. Supostamente, para controlar a
circulação do trânsito, mas a registarem tudo à mesma. E lá aparece ele. A seguir
no sentido contrário. Em direção a St. Georg. Nunca chegou a sair da cidade.
Está cá, neste preciso momento.
— Onde?
— É um veículo grande e branco. Os polícias de trânsito da força inteira
andam à procura disso.
Dremmler deu alguns passos em silêncio.
E depois perguntou:
— Senhor Muller, na sua opinião profissional, acha que a investigação
referente ao Wolfgang Schlupp vai ser muito séria?
— Extremamente. Ficou com a cabeça toda para dentro.
— Vão fazer uma lista das pessoas com quem ele falou durante o dia de hoje.
E eu vou estar nela.
— Naturalmente. O chefe dos detetives Griezman gosta de listas. No geral,
gosta de papelada.
— Não me posso dar ao luxo de acabar envolvido. Seria politicamente
inconveniente.
— Invente uma história e pronto. É um homem de negócios e ele também era
um homem de negócios. Estavam a falar da bolsa. Não é que ele o possa
contradizer.
— E isso será suficiente?
— Foi só uma coincidência esquisita. Talvez o tenha visto num jantar de
negócios. Era um conhecido que costumava cumprimentar. Estava simplesmente
a dizer-lhe olá. Cortesia profissional. No fundo, mal conhecia o homem.
Griezman voltou a levar Reacher para o consulado, deixando-o ficar na
mesma berma do passeio onde o tinha apanhado. A seguir, Griezman arrancou e