Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

pudessem sair de lá. Para nós, teria sido uma pechincha.
— Duas companhias? — retorquiu Reacher.
— Tínhamos cem Davy Crocketts.
— Cada um com o seu próprio alvo?
— Tudo cuidadosamente planeado.
— E bem disseminado?
— Como pintinhas de sarampo num mapa.
— Só que não há ali cem pontes. Nem centrais elétricas. Nem estradas ou
viadutos. É um funil estreito. E é por isso que lhe chamam desfiladeiro.
— Procurou-se um efeito de redundância. Cerca de metade deveria ficar em
standby.
— Nos intervalos. Para ficar tudo ligado.
— Como uma corrente.
— Estavam a fazer uma barreira de radiação. Como um campo de minas.
Com cem bombas, até podiam ter sido dez quilómetros de largura por outros
tantos de profundidade. Com qualquer forma que se quisesse. Queriam obrigar
os soviéticos a ir para a esquerda ou para a direita. Onde estavam à espera deles.
— O processo está encerrado.
— Porque, à medida que o tempo foi passando, assinaram-se tratados de toda
a espécie. E já não podiam fazer aquilo. Nem sequer podiam admitir que o
tinham planeado.
— Sim — reconheceu Helmsworth. — As SADM foram retiradas, embora
não apenas por motivos militares. Voltaram todas para a América. E não foram
substituídas. A determinada altura, as armas nucleares abaixo de um determinado
tamanho acabaram por ser totalmente proibidas.
— O Arnold Mason está doente. A mulher assegura que ele lhe disse que o
exército se interessaria por isso, que apareceria lá alguém — afirmou Sinclair.
— Doente como?
— Um tumor cerebral.
— Aquilo já foi há imenso tempo. A maior parte dos casos aconteceu muito
mais cedo.

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