o bilhete de avião. Pegou no telefone e ligou para Zurique. Indicou o número de
código.
E voltou a perguntar:
— Já houve algum depósito na minha conta hoje?
Ouviu matraquear num teclado.
Houve uma pausa.
E a resposta voltou a ser:
— Ainda não, senhor.
Wiley pousou o auscultador.
E depois ficou parado um segundo. A olhar em redor. Teve uma sensação
esquisita. Havia uma perturbação no ar. Tinha acontecido qualquer coisa.
O quê?
E o que importava isso? Nunca lá iria voltar. Fechou a porta ao sair e dirigiu-
se para o elevador. Que se abriu de imediato. Tinha ficado ali à espera. Para
poupar energia, calculou. Os alemães adoravam essas coisas.
Carregou no botão, as portas fecharam-se e desceu até ao átrio. Lá fora,
avançou para o caminho e virou em direção à água. Em direção ao velho
guindaste e às pontes pedonais que vinham a seguir.
O motorista da limusina ligou novamente o rádio, cheio de pressa, e disse:
— O Wiley está outra vez cá fora. Repito, o Wiley saiu outra vez de casa.
Esteve lá dentro menos de cinco minutos. E agora está a afastar-se de mim, com
uma mala.
Da central retorquiram:
— O Griezman e os americanos estão neste momento a caminho. Consegue
segui-lo?
— Não. O Wiley vai por um caminho para peões e eu estou num carro com
dois metros de largura.
— E não o pode seguir a pé?
— Só posso exercer funções que impliquem veículos. Por uma questão de