Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1
—   Melhor  do  que nunca.
— De certeza?
— Mas és a minha mãe ou quê?
A porta subiu por completo.
— Arranca — disse Reacher.

O NSC executou um protocolo de emergência pelo qual os participantes
foram dispersos de imediato, para reduzir o risco de identificação visual e,
consequentemente, o risco de intimações judiciais. Em dezasseis horas, Reacher
já estava no Japão. Ouviu dizer que uma empresa de recuperação nuclear tinha
sido chamada para descarregar a carrinha. Os tipos tinham um veículo à moda
antiga, dos tempos em que mísseis com ogivas nucleares caíam dos aviões e
aterravam nos campos. Mais tarde, soube que White e Vanderbilt tinham seguido
diretamente para Zurique, com a mensageira. Tinham esvaziado uma conta e
enchido outra. A CIA ganhara seiscentos milhões. O iraniano recebera um
apartamento em Century City. Passada uma semana, já tinha emprego na
indústria cinematográfica. Os sauditas foram mandados regressar ao Iémen.
Depois disso, não houve mais rasto deles. Wiley foi enterrado num cemitério
com valas comuns, na berma de uma autoestrada alemã, sem lápide nem placa.


Reacher viu Sinclair uma última vez mais ou menos dois meses depois,
quando o chamaram a Washington. Para receber uma medalha. Ela enviou-lhe
um bilhete a convidá-lo para jantar. Na noite anterior à cerimónia. Em casa dela.
Uma moradia suburbana, em Alexandria. Ele usou as calças dos fuzileiros e a t-
shirt preta de Hamburgo, ambas lavadas e dobradas por uma lavandaria
japonesa. Sem blusão, pois estava calor. Tinha cortado o cabelo, tomara duche e
fizera a barba. Ela trazia um vestido preto. Com diamantes, em vez de pérolas.
Comeram numa mesa do tamanho de um barco. Velas tremeluziam. E os
diamantes cintilavam. Ela disse-lhe que tinha boas notícias. Os mauzões estavam

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