VIAJEMAIS
enfeitando a paisagem – seja do ele-
vador panorâmico, seja da piscina,
seja da janela dos quartos. Inau-
gurado em 2015, o hotel foi um
marco no turismo local, cada vez
mais estruturado e focado em expe-
riências autênticas pelos arredores.
Passeios de bicicleta, piqueni-
ques à beira-rio, sessões de yoga...
A lista do que fazer na região hoje
já não se limita às visitas a vinícolas
e degustações – que, aliás, também
estão cada vez mais interessantes.
Que tal ter uma verdadeira aula
sobre as linhas e os traços do maior
arquiteto português de todos os
tempos enquanto se aprende um
pouquinho sobre os vinhos locais?
Essa é a proposta da Quinta do Por-
tal, na região de Sabrosa, onde a
sala de envelhecimento da bebida
foi projetada por ninguém menos
que Álvaro Siza Vieira, o primeiro
português a ganhar o Prêmio Prit-
zker, considerado o Oscar mundial
da arquitetura.
Na Quinta do Crasto, estrate-
gicamente localizada num terreno
elevado entre as cidadezinhas de
Peso da Régia e Pinhão, a estrela é
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para as águas do rio.
Já na Quinta da Pacheca, a no-
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formato de enormes barris de vinho,
de camarote para os vinhedos, pro-
metem uma verdadeira imersão no
mundo da bebida.
No universo da gastronomia,
o Vale do Douro ganha cada vez
mais destaque.
Ao lado do
bom e velho
bacalhau, unanimidade na mesa
portuguesa e feito com primor nos
quatro cantos da Terrinha, os res-
taurantes da região brilham com
pratos criativos como a terrine
de foie gras com vinho do Porto,
maçãs e caramelo seco ou as viei-
ras seladas com creme de
ervilhas, presunto cru e
limão, duas das entradas
10 LIÇÕES SOBRE O VINHO DO PORTO
1
O processo de fermentação é
bem mais curto do que o dos
vinhos tradicionais – ela é interrom-
pida com a adição da aguardente
vínica dois ou três dias depois de
iniciada e suspende a transforma-
ção do açúcar em álcool, determi-
nando o teor de doçura da bebida
2
Nos meses de inverno, o Ins-
tituto do Vinho do Porto prova
e avalia cada lote da bebida para
determinar se ela vai envelhecer
mais ou menos tempo em barris
de madeira
3
É este envelhecimento que vai
definir os tipos de Porto, que ba-
sicamente são dois: Ruby e Tawny
4
Os vinhos Ruby, mais jovens,
têm a cor tinta bem viva, o
aroma frutado e muito vigor. En-
velhecem no máximo 6 anos em
barricas de carvalho
5
Dentro da categoria Ruby, o
vinho pode ser classificado
ainda como Ruby, Reserva, LBV
(sigla para Late Bottled Vintage)
e Vintage, sendo os dois últimos
os melhores
6
Os vinhos Tawny resultam
de uma mistura de Portos de
diferentes idades e colheitas.
Envelhecem por mais tempo
em barris de madeira e, por isso,
costumam ter uma cor mais cla-
A encantadora São Gonçalo do Amarante:
pular de cidade em cidade é a melhor
coisa a fazer na região do Douro
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PORTUGAL Capa
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