- Eu estou bem.
- Tem que ficar deitado.
- Preciso ir ao banheiro.
- Tem que usar a campainha para chamar a gente.
- Pare de dizer o que tenho que fazer, OK?
Recebeu um olhar de surpresa, que foi substituído pelo de raiva: - Menos, hein!
- Você sabe com quem está falando?
- Só sei que a pancada em você foi forte...
- Quero falar com o seu chefe – disse Marcus, em tom de ordem. – Não estou
com vontade de ficar aqui discutindo com você. Dê busca no sistema pelo meu
número de identidade. Veja lá quem eu sou. Faça isso agora! Do contrário, você vai
estar no olho da rua daqui a pouquinho.
A enfermeira, furiosa, deu meia-volta e foi embora pelo corredor. Marcus a seguiu
com o olhar. Observou-a de longe enquanto ela entrava na sala de administração
daquela ala, sentava ao computador e digitava o número de identidade de Marcus.
Daquele computador, pensou Marcus, podia-se acessar o histórico médico de Eva.
E quem sabe até uma ou duas palavras sobre o paradeiro da paciente? Ou alguma
receita com o nome dela para usar na farmácia? Qualquer coisa serviria. Claro, era
preciso senha para consultar os históricos. Viu que a enfermeira falava, muito brava,
com o médico. Marcus voltou para o quarto a tempo, antes que o médico
aparecesse com a enfermeira atrás. - Qual é o problema aqui? – perguntou o médico.
- Eu estou detido? – perguntou Marcus.
- Detido?! Você esteve é envolvido num acidente grave de trânsito.
- Fui atropelado. Fiz uma pergunta: estou detido?
- Estritamente falando, não. Mas, se achamos que você pode representar um
perigo para si mesmo e para as pessoas no seu entorno, temos o direito, sim, de
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1