- Falou. Não se referiu a você pelo nome, mas acabei deduzindo.
- De que jeito?
Eva olhou para ela.
De repente, o celular de Beatrice tocou. Ela olhou para a tela. - É o meu marido – disse com tristeza, como se em breve tudo fosse acabar. –
Talvez eu devesse procurar a polícia em vez de conversar com você. - Se a polícia conseguir mesmo ajudar... – disse Eva.
- O que você quer dizer com isso?
- Fui até lá. Contei o que eu acho que aconteceu: que mataram Brix, assim como
depois mataram o Rico. Que mataram o Rico porque ele estava investigando a
morte de Brix. Não acreditaram em mim. - Eu achava que tinha sido coisa das gangues.
- É o que a polícia diz. Beatrice, preste atenção. Preciso saber o que você contou
ao Rico. É a nossa única esperança. A única maneira de solucionar isto tudo. De
punir quem é culpado.
Beatrice tornou a hesitar. - O Rico queria dados do celular de Brix – acabou dizendo.
- De Brix? Não entendi.
- Ele tinha desbloqueado o celular da irmã, não tinha?
- Tinha.
- Pois então. Havia uma mensagem de Brix. O Rico viu o número de celular dele.
Aí, entrou em contato comigo. - Mas por quê?
- Porque eu trabalho na operadora da qual Brix era assinante.
- Puxa, que sorte! – disse Eva, e na mesma hora percebeu que tinha dado um
fora. Naquele momento, Rico jazia numa câmara frigorífica com um buraco de bala
no meio da testa. - Não vamos ser ingênuas – disse Beatrice, magoada.
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1