- Isso mesmo. Não sabemos. Em vez de ter recebido um golpe na cabeça, pode ter
só caído. - Primeiro houve o golpe. Ou choque. Talvez tenha escorregado numa casca de
banana. Quem sabe o empurraram, ou ele caiu no banheiro. Não sabemos. Mas
depois alguém lhe deu um tiro na cabeça. Foi isso?
O legista emitiu um som com que deu a entender que concordava. - E agora... o quê? – perguntou Eva.
- Em circunstâncias normais, tentaríamos determinar o objeto em que ele bateu a
cabeça. - OK.
- E é bem possível que consigamos.
- De que jeito?
- Como eu já disse, ele recebeu o impacto de baixo para cima. Ou seja, caiu em
cima de alguma coisa. E provavelmente era uma coisa estática. Uma mesa? Um
parapeito de janela? Pode ter sido qualquer coisa, mas não uma que seja tão fácil
soltar como um pé de cabra ou bastão de beisebol. E, com um modelo 3D do crânio,
é provável que a gente descubra qual objeto corresponde às marcas da fratura. – O
legista juntou os dedos para ilustrar como as duas coisas podiam encaixar-se. – A
única dúvida é se você sabe onde procurar. - Sei, sim. Infelizmente.
- Vou ligar a impressora – disse Hans Jørgen.
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1