homem, é claro. Todas tinham, todas as que fugiam para um abrigo de mulheres
maltratadas; afinal, era o que diziam os homens: “Se me largar, encontro você nem
que vá se enfiar no fim do mundo. E aí mato você”. Marcus sentiu alívio quando a
garota enfim tocou a campainha e a deixaram entrar.
- Melhor para você – murmurou.
O que estava acontecendo? Não sabia, não entendia. Olhou a tela do iPhone. O
abrigo da Jagtvej? Nada. Tudo parecia estar bem; dava até a sensação de agradável
mansidão. O Reden? Reconheceu uma das prostitutas do dia anterior. Pelo visto,
passava a vida fazendo zoeira em frente ao abrigo. Parecia embriagada. Uma rápida
olhada na entrada do abrigo de Egmontgården. Não se via Eva em parte alguma.
Olhou para o apartamento de David e viu que a flor tinha sumido. O sinal. Eles a
tinham achado. Onde? Desceu do peitoril. Estava agora no centro do cômodo e
voltou a olhar para o iPhone. Repassou as imagens das cinco câmeras. Estava com as
mãos suadas; a tela ficou engordurada. Onde eles estavam? Ali? Um furgão escuro
de vidros escurecidos estava estacionado na travessa perto do abrigo Danner.