também declarou guerra contra a Polônia, dando início
à invasão da parte leste do país, o que a cercando-o de
todos os lados.
A invasão foi um teste e uma importante lição para os
alemães, que testaram suas forças, assimilaram os resulta-
dos e corrigiram os erros. Entre outubro de 1939 e maio
de 1940, as Forças Armadas Alemãs passaram por uma
reformulação completa. Em compensação, em 3 de se-
tembro, em resposta às hostilidades, França e Reino Uni-
do declararam guerra contra a Alemanha.
O objetivo inicial dos nazistas era se apoderar das pro-
víncias alemãs que o Tratado de Versalhes tinha dado à
Polônia depois da 1a Guerra Mundial. Mas o verdadeiro
alvo era muito mais sinistro e se tornou evidente quando
o exército alemão marchou para a Dinamarca e a Norue-
ga. Ao mesmo tempo, o Exército Vermelho cercou a Fin-
lândia. Stalin temia que Hitler pudesse atacar a Rússia via
Finlândia e resolveu acabar com essa possibilidade.
A guerra russa na Finlândia ficou conhecida como
Guerra de Inverno, pois aconteceu durante o duro in-
verno báltico, quando a temperatura chegava a -40ºC.
Lutando na proporção de um contra três, os finlande-
ses conseguiram resistir até março de 1940, quando os
russos forçaram a um acordo, assinado com o nome de
Tratado de Paz de Moscou e que dava à URSS parte do
território finlândes.
Enquanto isso, na outra frente da batalha, Grã-Breta-
nha e França ainda precisavam de tempo para se prepa-
rar para uma guerra entre gigantes. Mas esse tempo era
exíguo porque Hitler invadiu Bélgica, Holanda e Luxem-
burgo na primeira metade de 1940. Em junho, o Führer
colocava a França a seus pés numa das mais vergonhosas
derrotas dos militares franceses. Com Portugal e Espa-
nha permanecendo neutros, só faltava a grande Inglater-
ra para o nazismo dominar praticamente toda a Europa.
E a Operação Leão-Marinho – a invasão da Inglater-
ra – teria início já em julho, quando aviões da Força Aé-
rea Alemã, a Luftwaffe, passaram a bombardear navios
no Canal da Mancha. Entre junho e outubro, as duas
potências travaram o maior conflito aéreo de todos os
tempos. Londres chegou a ser atingida, mas, em 12 de
outubro, Hitler percebeu que sacrificaria toda sua frota
aérea para tomar a Inglaterra, um preço muito alto para
quem já tinha outro plano na manga pronto a ser revela-
do – a invasão da União Soviética.
OPERAÇÃO BARBAROSSA
O confronto entre o nazismo de Hitler e o socialis-
mo de Stalin era inevitável, pois cada vez mais o mun-
do se tornava pequeno para abrigar dois regimes totali-
taristas e fortes, ainda mais sendo vizinhos. Além disso,
Adolf Hitler nunca escondeu seu anticomunismo. No
seu livro “Minha Luta” (Mein Kampf), publicado em
1925, o Führer já falava nos planos de dominar comple-
tamente o leste europeu.
A Alemanha respeitou o pacto Molotov-Ribbentrop
por quase dois anos, até a madrugada de 22 de junho de
1941, quando o ditador alemão lançou a campo o maior
ataque aéreo-terrestre na história da guerra – a famosa
Operação Barbarossa –, que utilizou três milhões de sol-
dados, 3.500 tanques e 1.800 aviões.
Como era de seu feitio e tinha dado certo até o mo-
mento, a ideia era empreender uma blitz rápida e capaz
de liquidar a União Soviética antes da chegada do terrí-
O acordo, conhecido como pacto Molotov-Ribbentrop, na
verdade, transformou-se em dois. O primeiro deles, levado ao
conhecimento do público, estabelecia que os dois países não
se atacariam por um período de dez anos, nem apoiariam um
país que o fizesse. O segundo, mais importante do ponto de vista
geopolítico, dividia e marcava as zonas de influência no leste europeu