• • • • • • •
As principais medicações antiarrítmicas são:
Betabloqueadores: medicação preferida para FA relacionada com tireotoxicose,
infarto agudo do miocárdio e estado pós-cirúrgico com alta carga adrenérgica.
Cautela com o uso de betabloqueadores em pacientes com insuficiência cardíaca
congestiva (ICC) descompensada ou broncospasmo
Bloqueadores de canal de cálcio não di-hidropiridínicos (diltiazem e verapamil):
contraindicados a pacientes com ICC com fração de ejeção (FE) reduzida e
hipotensão
Digoxina: melhor para pacientes com FA e ICC sintomática com FE reduzida (<
40%). Deve ser evitada ou usada em dose menor em idosos ou em pacientes com
insuficiência renal
Amiodarona: considerar como agente secundário, usado preferencialmente para
refratariedade no controle de frequência ou em pacientes hipotensos. A amiodarona
reduz a FC, porém é primordialmente usada para cardioversão química e
manutenção do ritmo sinusal. Lembrar que amiodarona causa aumento nos níveis de
digoxina e inibe metabolismo de varfarina, portanto, cuidado com ajustes nas drogas.
Tratamento de preferência para pacientes com FA e doença cardíaca estrutural.
Acompanhar periodicamente com fundo de olho, estudo de função pulmonar, testes
hepáticos e de tireoide
Quinidina: utilizado para cardioversão química da FA; associa-se a maior risco de
efeitos pró-arrítmicos, devendo ser usado com cautela. Contraindicado a pacientes
com doença cardíaca estrutural, insuficiência coronariana, aumento de intervalo QT e
pacientes com arritmia ventricular complexa. Tem eficácia menor que propafenona e
amiodarona, entretanto, é similar ao sotalol. Deve-se monitorar eletrólitos, pois seu
efeito colateral mais comum é a diarreia
Propafenona: deve ser considerada antes da amiodarona, levando em conta que o
paciente deve ter cardiopatia mínima ou nenhuma. Quando comparada com outros
agentes, a propafenona tem maior eficácia para reversão de episódios agudos de FA
e para prevenção de recorrências. Aumenta os níveis da digoxina, propranolol,
metoprolol e varfarina
Sotalol: prolonga período refratário atrial; considerado seguro e eficaz para
prevenção de recorrências de FA. Menos eficaz que amiodarona, sobretudo em
pacientes com cardiomiopatia dilatada não isquêmica.
Tabela 11.2 Medicações para controle de frequência cardíaca.
Medicamento Dose Manutenção Efeitos colaterais
Diltiazem (bloqueador de canal 0,25 mg/kg em 2 min. Dose 5 a 15 mg/h em infusão Flush, hipotensão, dispneia,