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Capítulo 18
SÍNCOPE
Bruno Manetti Previero e
Eraldo Moraes
CARACTERÍSTICAS
Síncope é definida como perda súbita e transitória da consciência em decorrência da
hipoperfusão cerebral reversível, geralmente provocando a queda do paciente.
Caracteriza-se por início rápido, curta duração e recuperação espontânea. Estima-se
que a interrupção de 6 a 10 s na perfusão cerebral e/ou a queda da pressão arterial
(PA) sistólica inferior a 60 mmHg sejam suficientes para levar um paciente à síncope.
Entre os diagnósticos diferenciais estão causas traumáticas e não traumáticas;
nessa última enquadram-se crises convulsivas, morte súbita abortada, causas
psicogênicas, hipoglicemia, acidente isquêmico transitório (AIT), hemorragia
intracraniana, distúrbios metabólicos, intoxicações exógenas e a síncope propriamente
dita.
CLASSIFICAÇÃO E CAUSAS
SÍNCOPE REFLEXA (NEUROMEDIADA)
Mecanismos vasodepressor (queda da resistência vascular periférica – RVP) e
cardioinibitório (queda do débito cardíaco – DC) ou ambos. São as causas mais
comuns de síncopes:
Vasovagal: mais comum em jovens, com episódios isolados e distintos entre si;
mediada por estresse emocional (medo, dor) ou ortostático
Situacional: associada a circunstâncias específicas (tosse, micção, defecação, dor
visceral); pode acometer tanto jovens após prática de exercícios quanto adultos e
idosos. Pode significar falha no sistema nervoso autônomo
Síndrome do seio carotídeo: causa rara que é deflagrada por manipulação mecânica
dos seios carotídeos e diagnosticada pela prova de massagem de seio carotídeo
Formas atípicas: sem fatores desencadeantes.
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA