versus 1,1%), tem também especial indicação àqueles pacientes com contraindicação
aos trombolíticos.
ICP DE RESGATE
É a angioplastia após trombólise quando não há critérios de reperfusão (persistência ou
recorrência da dor, ECG após 60 min sem redução do SST ou redução < 50% na
derivação com o maior supra, instabilidade hemodinâmica ou elétrica). Essa estratégia
foi comprovadamente superior, na redução de mortalidade, ao tratamento conservador
ou à nova trombólise.
ICP FÁRMACO-INVASIVA
A prática de ICP programada de 3 a 24 h após trombólise com critério de reperfusão é
uma boa opção para os pacientes sem condições de ICP primária em tempo hábil.
Essa estratégia tornou-se uma realidade depois dos resultados do estudo TRANSFER,
que verificou uma redução significativa do desfecho primário [morte, reinfarto, isquemia
recorrente, insuficiência cardíaca (IC) e choque cardiogênico] comparando a estratégia
fármaco-invasiva com ICP eletiva após trombolise (11% versus 17,2%), e do estudo
STREAM (strategic reperfusion early after myocardial infaction), que verificou
incidências semelhantes de morte, reinfarto, IC e choque cardiogênico entre a
estratégia fármaco-invasiva e a ICP primária em casos de até 3 h entre o início dos
sintomas e a terapia de reperfusão escolhida.
Tabela 21.1 Principais indicações à intervenção coronária percutânea.
Recomendação Nível de evidência
ICP em doença coronariana crônica
Angina limitante mesmo com tratamento clínico otimizado I A
Arritmia ventricular potencialmente maligna decorrente de
isquemia I C
Angina limitante mesmo com tratamento clínico otimizado em
pacientes com estenose de tronco de coronária esquerda com
contraindicação cirúrgica
I C
Grande área isquêmica ou miocárdio em risco em pacientes
assintomáticos IIa A
ICP em síndrome coronariana aguda sem SST
Procedimento de emergência em pacientes com angina refratária ou
recorrente, alterações dinâmicas do ST, ou sinais de IC ou
instabilidade
I C