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um ano (20% versus 4,9%), principalmente em pacientes com lesões
anatomicamente mais complexas e em diabéticos, apesar de não ter reduzido
significativamente a incidência de morte e reinfarto. O estudo TAXUS-IV comparou o
stent revestido de paclitaxel com stents convencionais, também observando, ao fim
de 9 meses, redução significativa da necessidade de nova revascularização (7,1%
versus 17,1%), além de diminuição da reestenose angiográfica (7,9% versus 26,6%)
Segunda geração: ficaram mais conhecidos o stent Endeavor® (Medtronic Vascular),
revestido de zotarolimus, e o stent Xience® (Abbot Vascular), revestido de
everolimus. Ambos mostraram-se superiores aos stents convencionais nos estudos
ENDEAVOR-II e SPIRIT. Porém, o stent revestido de zotarolimus não mostrou
superioridade em relação ao stent CYPHER® na incidência de nova revascularização
do vaso-alvo após 3 anos, e nem em relação ao stent TAXUS® em 5 anos. Já o stent
revestido de everolimus denotou menor perda luminal angiográfica em relação ao
stent com paclitaxel, com eficácia não inferior ao stent TAXUS, porém com redução
significativa de eventos cardiovasculares maiores (infarto agudo do miocárdio, nova
revascularização) ao final de 1 ano (6% versus 10,3%)
Terceira geração: apesar da ótima performance dos stents farmacológicos de
primeira e segunda geração a curto e médio prazos, verificou-se a necessidade de
uma nova modalidade de stents, principalmente pela observação de uma curva
ascendente de trombose muito tardia (> 1 ano) com esses dispositivos, em especial
por causa do retardo na endotelização em relação aos stents convencionais. Com
esse princípio foram desenvolvidos os dispositivos com polímero bioabsorvível, que
cumprem seu papel em liberar o fármaco, e depois são absorvidos pelo organismo,
deixando apenas a estrutura metálica. Os principais representantes dessa categoria
são o stent Biomatrix® (Biosensor) revestido de biolimus e o Synergy® (Boston
Scientific), revestido de everolimus. Ambos provaram não inferioridade aos stents de
primeira geração, mas seu efeito a longo prazo ainda precisa ser mais bem estudado
Quarta geração: atualmente está em estudo uma nova modalidade de stents
chamada de bioabsorbable vascular scaffold, ou apenas Scaffold ou BVS. Esse tipo
de dispositivo é composto de material completamente absorvível, sendo o principal
representante da categoria o ABSORB® (Abbott Vascular), composto de estrutura de
ácido polilático revestido de everolimus (Tabela 21.3).
Tabela 21.3 Principais indicações a stents farmacológicos e não farmacológicos.
Recomendação Nível de evidência
Stents farmacológicos
Uso rotineiro em lesões elegíveis para angioplastia em