Figura 21.1 Modelo de funcionamento de dispositivo de trombectomia reolítica.
São cateteres de trombectomia reolítica que eliminam os trombos por meio de
dissolução com jatos de solução salina em alta velocidade e remoção por efeito venturi,
provocando sucção dos trombos junto com a solução salina e sangue para o interior do
cateter (Figura 21.1). O uso desses dispositivos evidenciou melhora no fluxo epicárdico
(TIMI e Blush) e diminuição da embolização distal, mas sem, no entanto, alterar
mortalidade. Sua utilização ficou limitada à SCA com alta carga trombótica (grau de
recomendação IIa, nível de evidência B).
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA EMBOLIZAÇÃO
Dispositivos feitos para reduzir a embolização de debris ateroscleróticos para a
microvasculatura, objetivando reduzir necrose miocárdica distal após ICP. Podem
funcionar por oclusão distal do vaso, oclusão proximal ou por meio de filtros embólicos
distais. O uso desses dispositivos não alterou desfecho de morte e infarto agudo do
miocárdio em ICP de coronária nativa, mas mostrou benefício durante angioplastia de
enxertos de veia safena, que geralmente têm lesões friáveis e com alta carga
trombótica (grau de recomendação I, nível de evidência B).
FARMACOTERAPIA RELACIONADA COM A ICP
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
A pacientes que não estejam usando ácido acetilsalicílico (AAS), recomenda-se dose
de ataque de 200 a 300 mg até 2 h antes do procedimento (preferencialmente 24 h
antes) e manutenção de 81 mg a 100 mg/dia pós-procedimento indefinidamente. No
caso de contraindicação absoluta ao AAS, pode-se utilizar o clopidogrel (300 mg até 6
h antes do procedimento e manutenção de 75 mg indefinidamente).