Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

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Capítulo 28


ESTIMULAÇÃO CARDÍACA ARTIFICIAL


Frederico Homem da Silva e
Rodrigo Caligaris Cagi

INTRODUÇÃO


O marca-passo cardíaco é um dispositivo eletrônico com capacidade de estimulação
miocárdica e controle do ritmo cardíaco. Criado em 1932 por Albert Hyman, os
dispositivos sofreram aperfeiçoamentos que possibilitaram maior segurança,
durabilidade e conforto aos pacientes.
É constituído de gerador de pulsos, cabo de condução e eletrodos. Assim, existem
quatro tipos de marca-passo, classificados conforme contato entre esses componentes
e o paciente.


Transcutâneo: os eletrodos são constituídos de duas placas adesivas em contato
com a parede torácica e o cabo é conectado a um gerador externo. Os estímulos
cardíacos deverão atravessar a resistência da parede torácica
Transvenoso: a estimulação cardíaca é realizada por eletrodos situados na
extremidade de um cabo condutor, que será colocado em contato com as
trabéculas endocárdicas atriais e/ou ventriculares após inserção por via venosa.
Pode ser feito à beira do leito ou por escopia (preferencialmente). A unidade
geradora é um dispositivo externo
Epicárdico: os eletrodos situam-se na extremidade de um cabo condutor e
exercem estimulação cardíaca por meio do contato com a região epicárdica atrial
e/ou ventricular mediante toracotomia. Costuma ser utilizado em pós-operatório de
cirurgia cardíaca
Definitivo: os eletrodos são colocados em contato com o tecido endocárdico atrial
e/ou ventricular pela inserção dos cabos a partir de técnicas de dissecção venosa
(em geral, veia cefálica) ou por punção, sendo a unidade geradora implantada no
tecido subcutâneo ou submuscular.
O gerador de pulsos é revestido de uma placa de titânio hermeticamente fechada e
formado pela bateria (25 a 30% do seu volume total), constituída de lítio e pelo sistema

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