dos receptores de angiotensina (BRA) e espironolactona, quando indicada.
Quanto mais cedo iniciada a terapia para disfunção ventricular, maiores serão as
taxas de recuperação, mesmo em pacientes vítimas de cardiotoxicidade secundária ao
uso de doxorrubicina (descrita classicamente como cardiotoxicidade tipo I –
irreversível). Destaca-se, ainda, que o prognóstico da cardiomiopatia relacionada com
agentes quimioterápicos é pior que o prognóstico da cardiomiopatia isquêmica.
Pacientes com cardiomiopatia secundária ao uso de quimioterápicos também são
candidatos a transplante cardíaco, se indicado, desde que a doença neoplásica seja
considerada curada.
MONITORAMENTO CARDIOLÓGICO DURANTE A QUIMIOTERAPIA
Recomenda-se avaliação inicial e periódica da função ventricular (usando
preferencialmente o mesmo método, seja ecocardiograma transtorácico ou
ventriculografia radioisotópica), com periodicidade recomendada para cada
medicamento.
Dosagem de troponina basal e após cada ciclo de quimioterapia também é
recomendada, bem como de peptídeos natriuréticos para acompanhamento
ambulatorial de cardiotoxicidade.
Os IECA devem ser usados caso haja elevação da troponina ou queda maior que
10% na fração de ejeção ventricular após quimioterapia (recomendação I B) e
betabloqueadores também podem ser usados em tais condições (recomendação IIa C).
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