Clipping Jornais - Banco Central (2022-04-24)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Jornal O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia &
Negócios
domingo, 24 de abril de 2022
Cenário Político-Econômico - Colunistas

90%.


'O investimento não pode estar dentro do teto dos
gastos', diz. Na sua avaliação, o debate sobre a
necessidade de aumento de gastos públicos veio para
ficar. 'Não existe teto de gastos. O que existe é corte de
investimentos. '


Benevides prevê que o investimento executado do
Orçamento deste ano do governo federal pode cair
ainda mais, para R$ 20 bilhões, muito abaixodo previsto
na lei orçamentária, de R$ 42 bilhões.


JOÃO DORIA. Para a economista Ana Carla Abrão, que
trabalha no programa de João Doria (PSDB), ex-
governador de São Paulo, é preciso dobrar os
investimentos para começar a fechar a deficiência do
País nessa área. 'É ao longo do tempo. Não tem uma
meta, aqui não tem trilhão do Paulo Guedes', diz.


Para isso, segundo ela, é preciso conseguir retomar
uma trajetória de equilíbrio fiscal, mas também melhorar
a parte de planejamento e execução. A economista
lembra que Doria, no governo de São Paulo, conseguiu
elevar os investimentos para 13, 3% da receita corrente
líquida fazendo reformas com cortes de gastos.


Segundo Ana Carla, o programa vai prever implantação
de uma nova lei de licitações e de uma revisão
regulatória necessária para tornar o investimento
público atual mais eficiente. Mas o grande foco do
programa, diz, é garantir um ambiente jurídico e
econômico para atração do investimento privado. Ela
ressalta que o investimento público foi, em média, 0, 5%
do PIB nas últimas duas décadas.


SIMONE TEBET. Coordenadora do programa
econômico da presidenciável Simone Tebet (MDB), a
economista Elena Landau diz que, para aumentar os
investimentos públicos, é preciso retornar ao controle do
orçamento com previsão plurianual e clara definição de
prioridades na infraestrutura social, além da
manutenção das obras públicas.


'Tornar a máquina pública mais eficiente, com


digitalização e reforma administrativa. E investimento
privado com segurança jurídica e melhoria das agências
e regulação, mais reforma tributária simplificadora',
afirma Landau.

Para setor privado, investimento do governo é primordial
Entre os empresários, o baixo investimento em
infraestrutura é uma das principais preocupações para
que a produtividade dentro da fábrica não fique perdida
fora dela, com os gargalos existentes. A avaliação é que
é preciso mais investimentos para a indústria crescer.

Um dos focos do novo presidente da Federação das
Indústrias de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, é a
reindustrialização. Hoje, a indústria de transformação
responde por apenas 11% do PIB - já foi o dobro no
passado.

'O investimento privado em infraestrutura é fundamental
e deve ser potencializado o máximo possível. Mas não
se pode acreditar que o investimento público é
desnecessário', avalia Igor Rocha, economista-chefe da
Fiesp. Ele alerta que, no agregado, considerando-se
investimentos públicos e privados, o País perde
infraestrutura a cada ano.

Nos seus cálculos, o Brasil precisa de cerca de R$ 290
bilhões de investimentos por ano (4, 3% do PIB) e não
investe sequer R$ 130 bilhões (menos de 2% do PIB).
'Não cobrimos sequer a depreciação dos ativos de
infraestrutura do País, assim temos uma contração do
estoque do total de infraestrutura sobre o PIB. ' Em
1980, esse estoque como porcentual do PIB era de
cerca de 56% e hoje está em 36%.

COLUNISTAS

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
Paulo Guedes, Banco Central - Perfil 1 - Reforma
Administrativa Ampla, Banco Central - Perfil 2 - Reforma
Administrativa, Banco Central - Perfil 3 - Reforma
Tributária, Cenário Político-Econômico - Colunistas
Free download pdf