VOX - #11

(VOX) #1

DEZEMBRO 2018 | REVISTAVOX.COM 133


a energia da natura é sensacional”,
completa.
Para quem está começando, Eduar-
do se mostra determinado. “Pretendo
melhorar. E ir no Caminho da Fé com
amigos, Aparecida do Norte. Se não
for agora, de 2019 não passa”. Como a
maioria dos ciclistas a preferência é pe-
dalar com os amigos, mas nem sempre
isso é possível. “Às vezes os horários
não batem, então pedalo para manter o
foco e o peso”, conta.
Apesar do lado esportivo, Eduardo
enfatiza a saúde, o que leva muitas
pessoas a pedalar. “O ciclismo é hoje
meu investimento em saúde. Sempre
pratiquei esportes, mas hoje o ciclismo
é o esporte que devo praticar até atingir
a idade sênior”, concluiu.
O cicloturismo é uma maneira
saudável, econômica e ecológica de se
fazer turismo, conhecer novos lugares
ou explorar a natureza. Além disso,
o ciclista adquire outras culturas e
costumes das cidades visitadas. Mas
não se esqueça: são necessárias precau-
ções para não sofrer contratempos na
estrada. O objetivo é que ocorra tudo de
forma segura e tranquila. Deu vontade
de pedalar? Escolha o destino e a rota
que mais encaixam em seu preparo e
coloque os pés no pedal para desbravar
a natureza da Alta Paulista.
Além do ciclismo, outras atividades
são praticadas por grupos ou individu-
almente. O fato é que, os aventureiros
ou esportistas incentivam a busca pelo
exercício ideal, algo que une prazer
com prática diária de atividades físicas.


DESBRAVANDO A NATUREZA
Para apaixonados em desbravar a
natureza, a região oferece diferentes
opções para o próximo feriado, férias
ou final de semana. E, sem sombra
de dúvidas, o que não pode faltar é
aquele misto de emoções. Adrenalina
e paisagens bem preservadas são
ingredientes do turismo de aventura
que, por sinal, vale frisar: tem sempre
caráter recreativo e não competitivo. As
atividades em terra, água ou ar, exigem
algum preparo físico e uma boa dose
de coragem. Está preparado?
Então bem-vindo a Varpa, distrito
de Tupã, conhecido por concentrar
uma comunidade de imigrantes letos


e por sua riqueza em recursos ecotu-
rísticos. Encare a viagem como uma ex-
pedição, certo? Assim como o próprio
nome diz, a Expedição Varpa é um
prato cheio para quem gosta de explo-
rar a natureza. Dentro do segmento de
esporte aventura, os idealizadores do
projeto, Marcos Ribeiro Júnior e Laris-
sa Ribeiro, estão há 3 anos no comando
da atração, que contribui com o valor
histórico e turístico do distrito.
“As pessoas que nos procuram
geralmente querem contato com a
natureza, paz, descanso e também um
pouco de emoção. Nossas atividades
são recomendadas para todo tipo de
público”, conta Marcos.
As atividades proporcionam
momentos únicos, uma conexão com o
verde, o som dos pássaros e das águas.
“A principal atividade é a canoagem
no Rio Pitangueiras. Visitamos quatro
cachoeiras secretas em que o turista só
tem acesso com guia e caiaque. Realiza-
mos também camping, luau e até uma
descida noturna onde a canoagem é
feita apenas com a luz da lua, tornando
o passeio inesquecível”, disse o criador
da Expedição Varpa.
Todas atividades são monitoradas
com instrutores preparados e qualifica-
dos. “Os grupos são formados a partir
de duas pessoas e máximo 12 por des-
cida, divididos em dois períodos. Não é
necessário formar um grupo para fazer
a reserva, a pessoa pode solicitar a vaga
individual e participar com outros
turistas”.
E quem não deixa de recarregar as
energias com um passeio de caiaque
por Varpa é o empresário Gustavo Gas-
par, de Tupã. Ele também faz parte dos
apaixonados pela natureza e aventura.
E coragem não falta para o empresário,
que fez o passeio sozinho. Para ele,
quanto mais radical e desafiador, a sen-
sação de vencer seus medos é maior.

Da experiência com a água para o
topo das montanhas, Gustavo con-
ta que uma das experiências mais
desafiadoras vividas por ele foi a Trilha
Salkantay, em Machu Picchu, um dos
trekkings mais belos do Peru. Com
aproximadamente 6.270 metros de
altura, o monte Salkantay é uma dos
picos nevados mais fascinantes, atrain-
do aventureiros do mundo inteiro.
Gustavo percorreu 86 km a pé, du-
rante cinco dias, até chegar a montanha
de 4.600 metros de altura. A trilha vai
de Cusco a Machu Picchu. “Gosto de
me aventurar, pois temos a sensação
de superação pessoal e o contato com a
natureza. Os momentos sozinhos me
fazem refletir e pensar sobre a vida”,
declara.
E o desafio não para por aí. O
empresário pretende ir mais longe, ou
melhor, mais alto. “Uma das aventuras
que pretendo é seguir a trilha do acam-
pamento à base do Everest”. Uau!!

CASAL AVENTUREIRO
Nos últimos três anos, Marcos
Júnior (professor de educação física)
e a esposa Larissa (psicóloga) resolve-
ram largar a vida na cidade e investir
neste sonho radical. “Hoje vivemos
em tempo integral de nossas ativida-
des e conseguimos a valorização de
um local que há muito tempo havia
sido esquecido. Nossa intenção não é
apenas divulgar o turismo de aventu-
ra e sim resgatar a história e cultura
locais. Desenvolvemos treinamentos
empresariais e visitas pedagógicas,
potencializando e fortalecendo ainda
mais o nosso trabalho”, destaca.
Marcos está, de fato, no trabalho
certo. Ele conta que pratica o remo
desde os 16 anos. Já a esposa, foi con-
vencida pelo marido dos prazeres da
aventura assim que o conheceu, e logo
entrou para o mundo da canoagem. La-

“A sensação de se aventurar na natureza é


indescritível. É isso que todo ciclista procura,


depois de dias pesados na cidade, sair, explorar


lugares diferentes, aliviar a tensão, não existe


sensação melhor”. Matheus Bonato dos Santos

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