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Banco Central do Brasil

Revista Meio & Mensagem (2)/Nacional - Opinião
segunda-feira, 23 de maio de 2022
Cenário Político-Econômico - Colunistas

comunicação ou de influência da opinião pública, o
movimento de Musk não é nada diferente do que
bilionários fizeram no passado ao comprarem jornais e
conglomerados de comunicação.


Um dos paradoxos das novas tecnologias é a
destituição dos antigos guardiões da informação, como
magnatas da mídia, mas a criação de novos. Musk se
junta a Mark Zuckerberg, da Meta; Sundar Pichai, do
Google; Shouzi Chew, do TikTok; e Tim Cook, da Apple.
Alguns poucos líderes empresariais têm enorme
influência sobre conceder ou negar acesso a
plataformas e a forma que informações serão ou não
difundidas. A compra do Twitter por Musk não mudará
isso. Podemos não querer que esse punhado de
pessoas tenha tanto poder, mas a realidade é que eles
têm.


Neste sentido, quando discutimos liberdade de
expressão nas mídias sociais, o desafio crítico e
concreto é: quando, como e por que moderar? E ainda
qual seria o processo e as pessoas que fariam essas
escolhas? Liberdade de expressão é diferente de
liberdade de agressão. A partir do momento em que
uma “opinião” protege, compactua ou fomenta ideias
nazistas, racistas ou homofóbicas ela coloca em risco
avida de uma pessoa ou de uma comunidade. Sim,
ideias e narrativas formam um pano de fundo perigoso
que pode levar a consequências trágicas.


O Twitter e outras plataformas estão em posição de
prejudicar potencialmente a liberdade de expressão e a
democracia quando intervêm demais no que as pessoas
publicam online e quando não o fazem. Como
sociedade, precisamos de um debate profundo,
transparência das empresas e regulamentação
adequada para termos equilíbrio entre o debate
saudável de ideias versus a difusão de ódio e de
desinformação nociva à sociedade.


Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas

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