Banco Central do Brasil
Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
Sunday, May 29, 2022
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ministro vê nisso, inclusive, um argumento matador
contra as acusações do PT de que ele quer entregar
recursos públicos para a iniciativa privada -agora, seria
para combater a pobreza (em vez de ficar nas mãos de
partidos).
VITÓRIAS E DERROTAS DE PAULO GUEDES
Setembro de 2019: DERROTA
Bolsonaro veta a criação de uma nova CPMF. O plano
de Guedes previa que o novo tributo fosse usado para
compensar corte de encargos trabalhistas. O desgaste
culmina com a demissão do secretário da Receita,
Marcos Cintra. Guedes perdeu a briga para um
adversário de peso no Palácio do Planalto: o então
ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni
Novembro de 2019: VITÓRIA
Apesar de seguir um caminho tortuoso, com altos e
baixos, o ministro consegue aprovar a reforma da
Previdência com o apoio do então presidente da
Câmara, Rodrigo Maia. O presidente Jair Bolsonaro na
época pouco se empenhou pela aprovação das
mudanças
Abril de 2020: VITÓRIA
Militares discutem plano Pró-Brasil, que previa a
reativação de obras públicas para evitar desemprego -
colocando em xeque a agenda liberal e de redução do
Estado de Guedes. O programa desperta a ira do
ministro e o plano é engavetado
Agosto de 2020: DERROTA
Ministério de Guedes enfrenta a primeira debandada.
Os secretários Salim Mattar (Desestatização)e Paulo
Uebel (Desburocratização) deixam o governo por
insatisfação com o ritmo da execução de seus projetos:
a privatização de estatais e a reforma administrativa.
Ainda na campanha eleitoral, Guedes apresentou a
intenção de privatizar todas as estatais e arrecadar R$
1,2 trilhão
Setembro de 2020: DERROTA
Presidente critica proposta de congelar aposentadorias
para dar espaço ao novo programa social do governo e
plano para rever benefícios para pessoas com
deficiência e idosos com deficiência. Bolsonaro publica
vídeo dando 'cartão vermelho' a quem sugerir ideias do
tipo e chama Guedes para se explicar
Setembro de 2020: DERROTA
Reforma administrativa elaborada por Guedes é
enviada ao Congresso com previsão de redução de
gastos de R$ 300 bilhões, mas depois cai no limbo
diante da resistência da ala política do Planalto e do
próprio presidente Bolsonaro
Fevereiro de 2021: DERROTA
Indicado por Guedes, presidente da Petrobras, Roberto
Castello Branco, é demitido. No seu lugar, assume o
general Silva e Luna. A mudança ocorre devido ao
descontentamento de Bolsonaro com a política de
preços da estatal, gerando comparações com
administrações petistas
Fevereiro de 2021: VITÓRIA
Aprovação de uma das medidas prometidas por Guedes
antes de assumir o ministério: autonomia do Banco
Central
Março de 2021: VITÓRIA
Em uma nova frente de disputa, Guedes propõe o
congelamento dos salários do funcionalismo por dois
anos dentro da PEC Emergencial, com medidas de
ajuste fiscal. Congresso prevê brecha e Bolsonaro veta
dispositivo após apelo do ministro
Março de 2021: DERROTA
Governo decide isentar de tributos o diesel e o gás de
cozinha. A sugestão dos militares foi anunciada sem