Saúde é Vital - Edição 438 (2019-01)

(Antfer) #1

NUTRIÇÃO POR GORETTI TENORIO


LEITE PARA OS SENSÍVEIS
Surge no mercado uma linha da bebida e de seus derivados
com potencial para evitar desconfortos intestinais

É INTOLERÂNCIA OU O QUÊ?


FOTOS: TOOGA - GETTY IMAGES

Antes de cortar o leite da dieta por conta própria, dá para
investigar a intolerância com exames de sangue. É possível
apelar também para uma contagem da concentração de
hidrogênio expirado, gás que resulta da fermentação da lactose
no intestino. Testes de alergia, por sua vez, ajudam a flagrar se
o problema vem de uma reação à proteína do leite.

Embalagem


do bem


E


mbora a intolerância à lactose seja quase sempre apontada como
culpada, sintomas como inchaços e dores abdominais podem ter
como causa uma proteína — sendo, portanto, resultado de uma alergia.
“A digestão do leite dá origem à beta-caseína dos tipos A1 e A2, ou
ambos, de acordo com o DNA da vaca”, explica Marcos Vinicius Barbosa
da Silva, pesquisador da Embrapa Gado de Leite. “No caso da A1, ela não
é bem digerida e provoca o mal-estar”, completa. Os produtores têm sido
orientados, então, a rastrear o gado, separando os animais com vocação
para produzir mais proteínas A2. Algumas empresas já fazem isso no
Brasil, entre elas a Letti, uma das pioneiras na produção de leite, iogurte e
queijos que são uma opção para quem sofre de perrengues digestivos
relacionados à proteína — e não à lactose.

Pelo menos 30% da
comida — cerca de 1,
bilhão de toneladas
— vai parar no lixo
todo ano no mundo.
Atuando contra esse
desperdício, alunos da
Universidade Federal do
Rio de Janeiro criaram
uma embalagem que,
em contato com o
alimento, muda de
cor de acordo com o
prazo de validade. “Ao
elaborar o plástico, que
é 100% biodegradável,
acrescentamos um
biossensor capaz
de interagir com as
moléculas voláteis que
vão sendo eliminadas
pela comida à medida
que o tempo passa,
gerando uma gama de
cores”, explica Lorena
Ballerini, estudante de
nanotecnologia.
“A maçã, por exemplo,
ao se aproximar
da data- -limite de
consumo, deixa o
plástico vermelho,
porque libera ácido
acético.” Assim, é
possível escolher o que
consumir primeiro entre
itens que não trazem
prazo de validade, como
carnes, frutas e vegetais.
O projeto deu origem
à Plasticor, startup à
espera de parceiros para
lançar a novidade.

SAÚDE É VITAL • JANEIRO 2019 • 1 1
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