no computadorzinho
da Acer, 10 horas de
uso intenso.
Ele só não é perfeito
por causa da tela, que
poderia ser maior e me-
lhor (mede 11 polegadas
e tem resolução 720p).
Esses dois problemas
são corrigidos por
outo Chromebook: o
Samsung XE521. Sua
configuração é similar
à do Acer, mas a tela
é bem superior (12,2”,
Full HD). Já a bateria
dura menos, 5 a 6h.
Tirando essas diferen-
ças, os dois notebooks
funcionam do mesmo
jeito: rodam o Chrome
incrivelmente bem. E
só. Mas é o suficiente?
Os poréns
Para ouvir música, edi-
tar textos e planilhas,
navegar e usar email,
os Chromebooks dão
e sobram. O Google
Docs funciona até sem
conexão à internet (ele
salva os arquivos para
que você possa taba-
lhar offline, e depois
sincroniza automati-
camente as alterações).
Já se você quiser editar
fotos ou vídeos, com-
plica um pouco. Até
dá para fazer isso com
ferramentas online,
mas elas são limitadas
(como o Google Fotos)
ou pagas e lentas (We-
Video). Outo senão é
que os Chromebooks
têm pouca capacidade
de armazenamento, 16
a 32 GB, pois a ideia é
que você guarde seus
arquivos na nuvem.
Só que isso custa.
O Google dá 100 GBde
espaço gráts por dois
anos, mas depois cobra
R$ 7 mensais.
O Netflix funciona
perfeitamente, com
um porém: não dá para
salvar vídeos para ver
offline (no macOS, a
bem da verdade, tam-
bém não dá). Quer bai-
xar um torrent? Existe
um único programa, o
JS Torrent, que funcio-
na. Ele é meio chato de
configurar – pois ta-
ta-se de uma gambiar-
ra dento do Chrome
–, e também é pago
(US$ 7). O site do meu
banco (Itaú) rodou nor-
malmente, mas o pro-
grama do Imposto de
Renda não. Para fazer
a declaração, só recor-
rendo a um segredinho
do Chromebook: você
pode instalar aplicat-
vos de Android nele.
Os apps rodam den-
to de um smartphone
virtal, com a telinha
pequena. O aplicatvo
Meu Imposto de Ren-
da, da Receita Federal,
aparentemente funcio-
na. Digo “aparentemen-
te” porque ainda não é
época de fazer a decla-
ração, então não con-
cluí o processo (ainda
bem, pois preenchê-la
num app de celular
deve ser um suplício).
Apesar dos senões,
a conclusão é: sim,
dá para viver só com
um Chromebook.
Ele tem limitações,
mas as vantagens
compensam. Mas
tome cuidado com o
preço. A máquina da
Acer custa R$ 2.000, e
a da Samsung sai por
R$ 3.500. Não valem
tdo isso (se você qui-
ser um Chromebook,
opte pelo XE500, da
própria Samsung, de
R$ 1.200).
O grande desafio
à popularização dos
Chromebooks é que
as pessoas gostam
de coisas poten-
tes: tanto que ainda
compram jipes para
rodar nas cidades. E
o sonho de consumo
de muita gente é um
Macbook Pro capaz
de projetar foguetes –
mesmo nos casos em
que ele, na prática, só
será usado em tare-
fas tão triviais quanto
acessar o Facebook e
o YouTube. S
Como fazer
o seu
próprio
Chromebook
Você tem um
notebook velho
e encostado, que
mal liga? Veja
como ressuscitá-lo.
1 Usando outro compu-
tador, entre no site neve-
rware.com/freedownload
e baixe o programa USB
Maker. Conecte um pen-
drive de 8 GB e rode esse
programa. Ele irá baixar
o CloudReady OS (uma
versão de código aberto
do Chrome OS, produzida
pela empresa americana
Neverware).
2 Quando o processo
terminar, pegue o pendri-
ve e conecte no notebook
velho. Ligue a máquina e
pressione a tecla F11 ou
F12 para entrar nas Op-
ções de Boot. Na listinha
que será exibida, selecio-
ne o pendrive e dê Enter.
3 O notebook vai exe-
cutar o CloudReady direto
do pendrive. Experimente
o sistema e veja se ele está
funcionando direitinho. Se
estiver, clique em Install
CloudReady. Isso irá forma-
tar o notebook, e instalar o
sistema no disco rígido.
4 O CloudReady é prati-
camente idêntico ao Chro-
me OS, com uma diferen-
ça: não roda aplicativos do
Android. Mas é uma ótima
pedida para revitalizar um
computador antigo.
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