Quatro Rodas - Edição 718 (2019-02)

(Antfer) #1

a um tira-teima na terra. Para isso,


chafurdamos na lama, em um dia de


muita chuva, com cinco ocupantes


a bordo e suas respectivas bagagens


lotando o porta-malas. Na ocasião,


depois de provar diferentes modos


de tração, o motorista do Compass


disse: “O seletor no console é muito


intuitivo e fácil de operar. Mesmo no


4x4 normal, sem reduzida, o SUV


subiu a ladeira enlameada sem di-


ficuldade alguma e absolutamente


sob controle. Uma picape 4x2 talvez


subisse, mas exigiria muito mais ha-


bilidade e esforço do motorista”.


Quanto à vida a bordo, o uso ao


longo dos 60.000 km rendeu mui-


to mais elogios do que críticas.


Adquirido com o pacote Premium,


que inclui um upgrade no siste-


ma de áudio, com alto-falantes da


marca americana Beats, o sistema


de som se destacou positivamente


entre os 21 motoristas que se reve-


zaram ao volante do Compass. À ex-


ceção de um ruído junto à colunaB,


resolvido logo na primeira visita à


rede autorizada, aos 10.000 km, ne-


nhum outro apontamento relevante


foi registrado no diário de bordo.


O convívio nos deu a possibilidade


de descobrir alguns segredos do SUV.


Nunca entramos numa situação em


que fosse necessário o seu reboca-


mento. Felizmente, pois (ao contrário


do que as tampinhas removíveis das


capas dos para-choques levam a crer)


ele não tem roscas nas barras dos


para-choques para acoplamento de


terminais de reboque. Consultada à


época de nossa descoberta, a FCA não


respondeu ao nosso pedido de expli-


cação. Mais recentemente, uma fonte


ligada à marca disse que em alguns


mercados o Compass oferece o siste-


ma de rosca fêmea embutida na es-


trutura do SUV e que o terminal é um


dos itens de série. Só não soube dizer


por que o item ficou de fora no Brasil


e as tampinhas permaneceram incor-


poradas às capas de para-choque.


Na estrada, a boa capacidade de


contorno de curvas foi outro desta-


que positivo ao longo do teste. Mérito


da suspensão, que, apesar da neces-


sidade de constantes reapertos por


conta do barulho de funcionamento,


sempre se mostrou bem calibrada. No


entanto, na revisão dos 40.000 km, o


par de amortecedores dianteiros foi


ADMISSÃO


O corpo de borboleta estava com baixo índice de sujidade, validando


os sistemas de filtragem e os de recirculação de vapores. As pás


do rotor da caixa fria, responsáveis por sugar o ar ambiente, estavam


com as extremidades com degradação compatível com a quilometragem,


também validando o filtro de ar. As resistências de aquecimento


sempre cumpriram bem o seu papel. Ao longo dos 60.000 km, não


tivemos nenhuma reclamação de dificuldade nas partidas a frio.


TRANSMISSÃO


Com volante de motor


aliviado, o Compass


tem um compensador


de massa, para


aplicação de peso


inercial. “Sem ele,


o motor perderia


giro rapidamente”,


explica nosso consultor


técnico, Fabio Fukuda.


Os diferenciais, assim


como o câmbio, tiveram


o lubrificante analisado


no desmonte e não


revelou problemas.

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