A Marca do Assassino

(Carla ScalaEjcveS) #1

Esperou atrás do vidro até que o Range Rover passasse, depois saiu e fez sinal ao
táxi.
O táxi deixou-a na agência Hertz. Entrou apressadamente e dirigiu-se ao
balcão.
Cinco minutos depois, um empregado trouxe um Mercury Sable cinzento
para a frente da garagem. Elizabeth entrou nele e mergulhou no trânsito da baixa.
Avançou para oeste, atravessando Washington, através de Georgetown até a
Reservoir Road. Seguiu essa estrada até a Canal Road e continuou para norte, ao
longo das margens do C&O Canal. Percorridos dezesseis quilômetros, chegou à
Beltway. Seguiu as placas rumo a norte, para Baltimore.
A mala encontrava-se ao seu lado, no banco do passageiro. Pegou no celular
e ligou para o Mercedes. Após cinco toques, uma gravação informou-a de que o
celular que estava a tentar contatar "não se encontrava disponível de momento".
Max Lewis atravessou a Key Bridge e virou para norte, para a George
Washington Parkway. Perdera o Range Rover algures em Georgetown. Olhou para a
figura sentada ao seu lado, um homem alto e bastante atraente, com cabelo escuro
e bem barbeado. Apercebeu-se de que a figura se assemelhava um pouco a Michael
Osbourne. Olhou pelo espelho retrovisor. Continuava a não haver sinais do Range
Rover. Por um instante de demência, estava realmente a divertir-se. Depois pensou
em Elizabeth e como ela se sentira assustada, e recuperou uma dose saudável de
sangue-frio. Elizabeth dissera-lhe para ir diretamente para a entrada principal da
CIA. Alguém se encontraria lá com ele e o levaria para dentro. Carregou no
acelerador e a agulha do conta-quilômetros saltou para os cento e vinte. O
Mercedes deslizava com facilidade sobre as colinas ondeadas e as curvas suaves da
alameda. O Potomac brilhava lá em baixo, ao sol brilhante de Dezembro.
Max olhou novamente para o manequim.
─ Ouça, senhor Lança, uma vez que vamos passar algum tempo juntos,
acho que esta seria uma boa oportunidade para nos ficarmos a conhecer melhor.
Chamo-me Max e, sim, sou homossexual. Espero que isso não o incomode.
Olhou para o espelho retrovisor e viu a luz azul intermitente de um carro
de polícia da Virgínia. Olhou para o conta-quilômetros e viu que estava a conduzir a
quase cento e trinta quilômetros por hora.
─ Oh, merda ─ praguejou Max, carregando com suavidade no travão e
parando num refúgio com uma bonita vista para o rio.
O policial saiu do carro e pôs o chapéu. Max baixou o vidro.
─ O senhor estava a conduzir a bem mais de cento e vinte, ali atrás ─ disse
o policial ─, provavelmente quase a cento e trinta. Posso ver a sua carta de

Free download pdf