ruim em um certo número de dias (os números mágicos parecem ficar entre 21 e 28, de-
pendendo de que estudo você leia). Mas, se pensar bem a respeito, claro que isso não
corresponde à realidade. Levaria uns dois dias para eu me acostumar a comer sorvete
de sobremesa todos os dias, mas cerca de seis meses para abandonar o hábito de tomar
uma xícara de café pela manhã. Por isso, não atribua um intervalo de tempo com base
no que você acha que “deveria ser”. Seja flexível e entenda que muitos fatores vão influ-
enciar o momento em que os resultados vão começar a aparecer.
- Não superestime o impacto dos resultados na sua vida. Alguns pensam: Se eu
perder dez quilos, todos os aspectos da minha vida ficarão melhores. Mas, quando co-
meçam a perder peso, não veem os resultados milagrosos que imaginavam. Essas pes-
soas ficam frustradas porque superestimaram e exageraram o resultado.
RECONHEÇA QUE O PROGRESSO
NEM SEMPRE É ÓBVIO
Diversos outros terapeutas e eu éramos facilitadores em um grupo de pais. A maior parte
dos frequentadores tem filhos em idade pré-escolar, e o problema mais comum são as explo-
sões de pirraça. É claro que os pequenos são notórios por se jogarem no chão, gritarem e
chutarem quando não conseguem o que querem. Assim, como parte do programa, os pais fo-
ram encorajados a ignorar comportamentos para chamar atenção. Apesar de advertências de
que esses comportamentos às vezes poderiam piorar antes de melhorar, os pais com fre-
quência se convenciam de que ignorar não estava funcionando. Quando lhes perguntávamos
como sabiam disso, diziam coisas como “Ele só começou a gritar mais alto” ou “Ela se levan-
tou, correu para a minha frente e se jogou de novo no chão para continuar o ataque!”.
O que esses pais não perceberam foi que suas tentativas de ignorá-los estavam funcio-
nando. Eles estavam transmitindo às crianças a mensagem de que não iam mais ceder às su-
as pirraças, e os espertinhos estavam persistindo. Achavam que, se papai ou mamãe não es-
tavam cedendo quando eles gritavam um pouco, talvez gritar mais alto pudesse dar certo.
Mas, cada vez que os pais cediam, isso reforçava o mau comportamento dos filhos. No entan-
to, se eles conseguissem ignorar consistentemente essas tentativas de chamar a atenção,
seus filhos aprenderiam que os chiliques não eram uma forma eficaz de conseguir o que que-
riam. Com frequência precisávamos assegurar aos pais que o fato de o comportamento dos
filhos parecer estar piorando não significava que suas estratégias não estavam dando certo.
O progresso em direção a uma meta nem sempre é uma linha reta. Às vezes as coisas
precisam piorar antes de melhorar. Outras vezes, pode-se sentir que se está dando dois pas-
sos para a frente e um para trás. No entanto, se você conseguir se lembrar de manter o foco
em suas metas de longo prazo, isso vai ajudá-lo a colocar os contratempos em perspectiva.
Antes de estabelecer sua meta – seja começar um novo negócio ou aprender a meditar –,
considere como vai avaliar seu progresso fazendo a si mesmo as seguintes perguntas:
- Como vou saber se o que estou fazendo está funcionando?
- Qual é o prazo realista para eu começar a ver os primeiros resultados?
- Que espécie de resultados posso esperar dentro de uma semana, um mês, seis
meses e um ano? - Como vou saber se continuo no caminho certo para alcançar minha meta?