IDEAIS TRAÍDOS - sylvio frota - 706 Págs

(EROCHA) #1

unidade completa, bem aquartelada, instruída e equipada é um baluarte de ordem, de disciplina, de
amor ao trabalho, de incentivo profissional para seus integrantes, e, também, uma fonte de segurança
e tranqüilidade para os que são responsáveis pelo seu emprego".'


Modificações importantes ocorreram naquela época. O general Euler Bentes Monteiro, cuja
experiência em administração pública fora provada na direção da Sudene, foi transferido para o
Departamento de Material Bélico. Visando a realizar um planejamento que permitisse prover o
Exército de meios de combate adequados e modernos, acorde com idéia que defendia, por julgá-la
judiciosa e evolutiva, atribuí-lhe, também, o encargo de elaborar um anteprojeto para criação de uma
indústria de material bélico, aproveitando as fábricas militares, tirando-as do marasmo burocrático
em que viviam, agrilhoadas a minguadas verbas orçamentárias, incompatíveis com a satisfação de
nossas necessidades vitais. Lançaram-se, assim, as bases para a Indústria de Material Bélico (Imbel)
com o objetivo principal de fomentar, no Brasil, a produção de material bélico.


No Departamento Geral de Serviços, sob a direção do general José de Azevedo Silva,
processaram-se estudos para a unificação de um sistema de computação que funcionasse com
técnicas e modernos meios, permitindo ao Exército conhecer, de imediato, sob qualquer aspecto, sua
situação. A tarefa, mui trabalhosa, suscitou, por suas natureza e amplitude, divergências quanto a
solução a adotar, mas o bom senso predominou e mais tarde, já em 1977, a inauguração do Centro de
Processamento de Dados do Exército, órgão basilar do sistema idealizado, provou o acerto daqueles
estudos.


Os problemas de caráter social, entre os quais avultava o de saúde, com deficiências
hospitalares, apenas mantidas em nível suportável pela dedicação e inigualável capacidade
profissional de nossos médicos, dentistas e farmacêuticos, estavam a exigir, a curto prazo,
providências sérias.


Uma unidade hospitalar de primeira ordem, localizada em área adequada, para todo o Exército; a
modernização dos hospitais regionais; e o amparo aos militares e suas famílias, particularmente, nas
guarnições longínquas, através de convênios com organizações especializadas em assistência
médica, eram pontos principais de um planejamento dependente de verbas orçamentárias para
concretizar-se.


O projeto do Fundo de Assistência Médica Social do Exército, submetido à apreciação do
escalão presidencial em agosto de 1974, nunca recebeu o apoio que aguardávamos. Anos correram e,
convencido de minha impossibilidade de retirá-lo da catalepsia em que a insensibilidade
tecnocrática o colocara, fiz redigir o Fundo de Saúde do Exército, mais restrito quanto às nossas
pretensões, que desejava vigorasse a partir de 1978.


O Colégio Militar de Brasília, necessário em face do crescimento constante da capital federal e
do volume de forças militares ali situadas, tinha suas obras paralisadas, havia anos, em incipientes
alicerces. O governo de Brasília, alegando dificuldades financeiras, eximiu-se de prossegui-las,
apelando para a denúncia, de comum acordo, do convênio em vigor. A construção deste educandário

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