(^114) Deus é Soberano
atos; é um estado ou condição que subjaz aos atos pecaminosos
e que os produz. O pecado penetrou e permeou todo o ser
humano; cegou-lhe o entendimento, corrompeu-lhe o coração
e alienou-lhe a mente em relação a Deus. E a vontade do
homem não escapou a esses efeitos. A vontade humana está
sob o domínio do pecado e de Satanás. Portanto, ela não é
livre. Em resumo, as emoções se expressam e a vontade
escolhe como devem elas expressar-se, de conformidade com
o estado do coração, e por ser o coração enganoso, mais do
que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, “não há
quem busque a Deus” (Rm 3.11).
Repetimos a nossa pergunta: Entregar-se a Deus está
ao alcance da vontade do homem? Procuremos a resposta
mediante várias outras indagações. Pode a água, por si mesma,
subir acima do seu próprio nível? Pode uma coisa limpa surgir
de uma coisa suja? Pode a vontade reverter completamente a
tendência e o caráter da natureza humana? Aquilo que está
sob o domínio do pecado pode dar origem àquilo que é puro
e santo? É claro que não. Para que a vontade de uma criatura
caída e depravada possa subir em direção a Deus, é mister
que lhe seja aplicado um poder divino que vença as influências
do pecado, as quais procuram arrastá-la em outra direção.
Isso é apenas uma outra maneira de dizer: “Ninguém pode
vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer” (Jo 6.44).
Em outras palavras, o povo de Deus deve apresentar-se
voluntariamente no dia do seu poder (Sl 110.3). Conforme
dièse J.N.Darby: “Se Cristo veio salvar o que estava perdido,
decorre daí que o livre-arbítrio não tem lugar ou razão de
ser. Não que Deus impeça os homens de receberem a Cristo
— muito pelo contrário. Mas, até mesmo quando Deus
emprega todos os recursos para induzir o homem, todos os
meios capazes de exercer influência sobre o coração humano,
tudo serve apenas para demonstrar que o homem não tem
poder algum; que o seu coração é tão corrupto, sua vontade é
tão obstinada em não sujeitar-se a Deus (sem contarmos a
influência do diabo para induzir o homem ao pecado), que
marcelobf
(Marcelobf)
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