amor ainda que jure escravidões, nem por isso consente nelas; e
quando é bem entendido, não costuma ser vil, reverente sim; a
submissão por degenerar em baixeza não faz ao amor menos
inconstante; a firmeza não se fêz para obstinação. Não é suave o
jugo da beleza; apenas se lhe pode sustentar o pêso; a arrogância,
que a acompanha sempre, exige condições tão fortes, que o
mesmo afeto, que por fôrça as aceita no princípio, depois as
desvanece; porque o amor se busca a for-mosura também foge
da aspereza; um gênio severo, e duro, não pode inspirar
constância, retiro sim: por mais que estejam preocupados os
sentidos, nem por isso estão sempre dispostos para sofrer; e com
efeito o amor fêz-se para delícia; e não para castigo, fêz-se para
alívio, e não para tormento, para gôsto, e não para martírio.
Não há encanto que
zelinux#
(Zelinux#)
#1