A Bola - 20200801

(PepeLegal) #1

06 A BOLA


Sábado
1 de agosto de 2020
TAÇA DE PORTUGAL jBENFICA-FC PORTO

Futebol


SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF

Técnico de 43 anos pode fazer história no clube da Luz ao sexto (e último) jogo no comando da equipa. Segue-se Jesus

NÉLSON VERÍSSIMO


J


Á disse que espera que este jogo
seja diferente dos do campeo-
nato. Mas que espera do FC Por-
to e como é que o Benfica se de-
verá apresentar para tentar
vencer esta final?
— Tem de se apresentar como nos
últimos jogos, sabendo que é jogo
de grau de complexidade acrescida,
porque vão jogar os dois primeiros
classificados da última Liga. Vai ser
jogo extremamente difícil, mas va-
mos entrar com a ambição natural
num clube com a grandeza do Ben-
fica, que é a de conquistar o título em
disputa.


— Este troféu tem importância
na definição do seu futuro?
— O meu futuro é o que menos
me preocupa. O que nos tem orien-
tado nos últimos cinco jogos, mais
este, é preparar a equipa da melhor
forma possível para ganhar. Chegá-
mos ao último jogo da época, está em
disputa título importante e vamos fa-
zer tudo para conquistá-lo e estar a
festejar no final do jogo.


— Que fica para si desta expe-
riência no comando da equipa?
— Sinceramente, nem tive tem-
po para pensar no que passou. Tenho
vivido o dia a dia, o treino a treino,
o jogo a jogo, certamente no final
deste jogo terei período de reflexão
para perceber o que se passou e como
as coisas foram decorrendo nestes
trinta e poucos dias. O foco tem sido


no jogo seguinte e estamos aqui pre-
parados para jogar com o FC Porto
esta final da Taça de Portugal.

— Olhando à época do Benfica e
ao título do FC Porto, o rival chega
em vantagem a esta final?
— Na minha opinião, não, porque
é uma final e tem características di-
ferentes. O FC Porto ganhou a Liga,
em que numa primeira fase estive-
mos muito bem e depois numa se-
gunda fase não tão bem, mas a rea-
lidade objetiva é que nos últimos
jogos, enquanto equipa, reergue-
mo-nos e chegamos como quería-
mos a este jogo: equipa sólida, con-
sistente e forte. O nosso maior foco
estaria na conquista da Liga, chegan-
do a esta fase, estamos numa final,
queremos muito ganhar, e é jogo
importante para nós.

— Que mudou neste Benfica que
comanda?
— Já falei sobre esses aspetos. Jul-
go que a maior diferença foi a efi-
cácia nos últimos cinco jogos, que
não tivemos nos anteriores. Temos
vários exemplos, já falei do Tonde-
la, do Marítimo... Efetivamente, nos
últimos jogos conseguimos melho-
rar a eficácia em termos ofensivos e
os resultados foram aparecendo.

— Se pudesse escolher apenas
uma palavra da mensagem a passar
aos jogadores, qual seria? Vingança?
— Vingança não pode ser. Pela
minha experiência como jogador e
da curta experiência enquanto trei-
nador, se formos por esse caminho

temos mais a perder do que a ga-
nhar. É mais uma final, é para jogar,
lutar para ganhar e conquistar tro-
féu. A palavra é vencer.

— Que terá o Benfica de fazer de
diferente para ganhar?
— Não vou por aí... Este ano não
vencemos o FC Porto nos dois jogos
da Liga, no anterior, em circuns-
tâncias idênticas, tínhamos vencido.

Independentemente de estar uma
equipa melhor que outra isso não
tem grande importância neste tipo
de jogos. É 50/50.

— Sente que os jogadores vão en-
trar com motivação extra?
— Sinto que vão entrar com a mo-
tivação natural de quem vai dispu-
tar uma final e temos sentido nestes
treinos grande ambição, vontade e
crença de que vamos dar boa respos-
ta, jogar bem e vencer. Os jogado-
res deram resposta muito boa aqui.

— Pode esperar-se um Benfica
diferente?
— Está tudo em aberto. As opções
que temos no plantel dão-nos varie-
dade de escolhas e formas de jogar.
É verdade que testámos algumas si-
tuações ao longo desta semana, mas
vamos ter de esperar pelo jogo.

«Fazer


tudo para


festejar no


fim do jogo»


Garante águia «sólida, consistente e forte»


dEspera «boa resposta, jogar bem e vencer»


Benfica diferente?


Está tudo em aberto.


É verdade que testámos


algumas situações...


É mais uma final,


é para jogar, lutar


para ganhar e para


conquistar o troféu


A realidade objetiva


é que nos últimos jogos,


enquanto equipa,


reerguemo-nos


Por
PEDRO SOARES
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