do Prosecco tem sido debatida.
Tony Battaglene, presidente
da Australian Wine & Grapes
Association explica que “entre
uma das exigências feitas pela
União Europeia está a extensão
de uma lista de proteção assinada
por ambos em 2008 e a inclusão
de alguns vinhos, destilados e
alimentos, como o Prosecco, o
queijo feta e até o parmesão”. E
acrescenta: “eles estão em busca
do mesmo nível de proteção que
a região de Champagne na França
possui hoje, porém, até 2008,
por exemplo, Prosecco não fazia
parte da lista de proteção assinada
pela Austrália e a União Europeia
porque era considerado apenas
o nome de uma variedade de
uva, como já havia reconhecido
anteriormente a Organização
Internacional da Vinha e do Vinho
(OIV)”.
Em 2009, a Itália alterou o
nome da então uva Prosecco para
Glera. O professor Mark Davison
da Universidade de Monash
em Melbourne foi contratado
para buscar meios legais de
defender o produto australiano
e encontrou evidências em mais
de 80 documentos com datas que
vão desde 1969 e que comprovam
que os italianos já se referiam à
uva e à bebida como Prosecco.
Questionado sobre a motivação
para a mudança dos nomes,
ele explica: “Europeus têm
uma ligação muito forte com as
denominações de origem porque
isso remete à tradição e à cultura.
Outro fator está associado ao
valor comercial, uma vez que,
muitas pessoas acreditam que
essas denominações representam
qualidade e estão dispostos
a pagar mais pela bebida. E,
por último, está a questão da
competição, uma vez que fica
mais fácil para a União Europeia
excluir os competidores que
tentam fazer negócios na Europa”.
Tony Battaglene é enfático
ao afirmar que “a indústria
de vinhos da Austrália rejeita
todos os pedidos de Indicação
Geográfica (IG) relacionados
ao Prosecco, pois, entende que
isso seria o mesmo que impor
restrições ao uso das uvas
Shiraz e Chardonnay”. Quando
questionado sobre o resultado
dessa disputa, ele pontua:
“estamos muito otimistas. Os
consumidores da Austrália
naturalmente não acreditam
em indicações geográficas e
têm questionado o real motivo
pelo qual a União Europeia
está tentando mudar as regras.
Muitos dos produtores que
fazem Prosecco na Austrália são
italianos e compraram mudas
vindas da Itália, como Otto Dal
Zotto, por exemplo”.
DICAS DE VIAGEM
Chrismont
Possui uma arquitetura que mistura o
contemporâneo com a simplicidade
da região e conta com um premiado
restaurante, além de opções de
acomodação na própria vinícola.
BrownBrothers
O chef Bodee Price conduz o restaurante
da vinícola, o Patricia ́s Table, cuja
especialidade é o peito de pato com
molho de ameixa e beterraba.
Mount Buller Ski Resort
Há inúmeras estações de esqui localizadas
a apenas 95 quilômetros de King Valley,
entre elas, está Mount Buller Ski Resort
que oferece atividades tanto para os
visitantes que planejam apenas passar o
dia apreciando a paisagem e esquiando,
bem como para aqueles que planejam se
hospedar.
Prosecco Road
Cinco vinícolas da região se uniram para
formar a Prosecco Road, que pode ser
percorrida de carro, ônibus de turismo
ou até de bicicleta, com paradas para
desfrutar dos vinhos e outras delícias.