- Aumentando a proporção designada para o grupo que serve como
controle para diversos grupos de tratamento ativo aumenta o poder de
cada comparação por aumentar a precisão da estimativa do grupo
controle (como ocorreu no estudo Coronary Drug Project (17)).
A randomização pareada é uma estratégia para balancear
confundidores na linha de base que exige que sejam selecionados pares de
participantes de acordo com características importantes como idade e
sexo, então alocando aleatoriamente um membro de cada par para cada
grupo de estudo. Uma desvantagem da randomização pareada é que ela
complica o recrutamento e a randomização, exigindo que um participante
elegível aguarde até que um par adequado seja identificado para então
poder ser randomizado. Além disso, o pareamento geralmente não é
necessário em ensaios clínicos de grande porte nos quais a alocação
aleatória equilibra os grupos em relação às variáveis basais. No entanto,
uma versão atrativa desse delineamento pode ser usada quando as
circunstâncias permitem um contraste sobre os efeitos do tratamento e do
controle em duas partes do mesmo indivíduo. No Diabetic Retinopathy
Study, por exemplo, cada participante teve um olho aleatoriamente
alocado para tratamento com fotocoagulação e o outro serviu como
controle (18).
Cegamento
As intervenções devem, sempre que possível, ser planejadas de tal forma
que os participantes do estudo, os membros da equipe com os quais eles
têm contato, os responsáveis pelas aferições e aqueles que avaliam e
adjudicam os desfechos não saibam para qual dos grupos cada um dos
participantes foi alocado. Quando não é possível cegar todas essas
pessoas, é altamente desejável que o maior número possível seja cegado
(por exemplo, cegando sempre os funcionários responsáveis pela aferição
dos desfechos). Em um ensaio clínico randomizado, o cegamento é tão
importante quanto a randomização. A randomização minimiza a
influência de variáveis confundidoras no momento da randomização, mas
não tem impacto sobre diferenças que ocorrem entre os grupos durante o
seguimento (Tabela 10.2). O cegamento minimiza as fontes de viés pós-
randomização, como cointervenções e avaliação e adjudicação enviesadas