Outros estudos abordam a variabilidade interensaio, interobservador
ou interinstrumento de testes realizados por um grupo grande de
técnicos, laboratórios ou aparelhos diferentes. Esses resultados são
geralmente sumarizados usando o coeficiente de variação (CV), que é
o desvio-padrão de todos resultados obtidos de uma única amostra
dividido pela sua média. Muitas vezes, comparam-se os CVs de dois ou
mais diferentes ensaios ou instrumentos; aquele com o menor CV é o
mais preciso (embora possa não ser aquele com a maior acurácia).
■ ESTUDOS SOBRE A ACURÁCIA DE TESTES
Todos os estudos nesta seção abordam a questão “Até que ponto o teste
fornece a resposta correta?”. Isso pressupõe, é claro, que exista um
padrão-ouro para revelar qual é a resposta correta.
Delineamentos
- Amostragem. Estudos sobre a acurácia de testes diagnósticos podem
ter delineamentos análogos aos estudos de caso-controle ou
transversais. Nos delineamentos de caso-controle para a avaliação de
testes diagnósticos, indivíduos com a doença e aqueles sem a doença
são amostrados separadamente, e os resultados dos testes nos dois
grupos são comparados. Como mencionado, a amostragem de casos e
controles pode ser apropriada em um estágio inicial no
desenvolvimento de um teste diagnóstico, quando a questão de pesquisa
é se o teste merece estudos mais aprofundados. Em uma etapa posterior,
quando a questão de pesquisa é sobre a utilidade clínica do teste, os
espectros de doença e não doença devem assemelhar-se àqueles das
pessoas para as quais o teste será aplicado clinicamente; é muito mais
difícil responder a essa questão com a amostragem de casos e controles
do que com amostras que sejam representativas de toda a população-
alvo.
Estudos sobre testes que fazem a amostragem das pessoas com e sem
a doença separadamente estão sujeitos a viés na aferição ou no relato do
resultado do teste, uma vez que sua aferição ocorre necessariamente
após já haver sido determinado se a pessoa tem ou não a doença. Além