Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

preditiva de uma medida da depressão seria fortalecida se ela estivesse associada com o risco
subsequente de suicídio.
Validade. Grau em que uma medida representa o fenômeno de interesse. Por exemplo, o escore em um
questionário sobre qualidade de vida é válido na medida em que ele realmente mede a qualidade de
vida.
Valor P. Baseado em testes estatísticos, é a probabilidade de encontrar, tão somente pelo acaso, um
efeito (ou, mais precisamente, um valor da estatística do teste) de tamanho igual ou superior ao
encontrado no estudo se a hipótese nula for realmente verdadeira. Por exemplo, se a hipótese nula for
que tomar café não está associado com o risco de infarto do miocárdio, e o estudo tiver mostrado que o
risco relativo de infarto do miocárdio entre pessoas que tomam café em comparação com pessoas que
não tomam café é de 2,0 com um valor P de 0,10, houve 10% de probabilidade de encontrar um risco
relativo de 2,0 ou mais nesse estudo se não houvesse associação entre café e infarto na população.
Valor preditivo negativo. Probabilidade de que uma pessoa com um resultado de teste negativo não
tenha a doença que está sendo testada. Por exemplo, em uma população de homens com uma
prevalência de câncer de próstata de 10%, o valor preditivo positivo de um antígeno prostático
específico (PSA) > 4,0 ng/mL é de aproximadamente 30%. Ver prevalência, sensibilidade e
especificidade.
Valor preditivo positivo. Probabilidade de que uma pessoa com um resultado de teste positivo tenha a
doença que está sendo testada. Por exemplo, em uma população de homens com prevalência de câncer
de próstata de 10%, o valor preditivo positivo de um antígeno prostático específico (PSA) > 4,0 ng/mL
é de aproximadamente 30%. Ver sensibilidade e especificidade.
Valores marginais. Os valores totais das linhas e colunas em uma tabela de contingência. Por
exemplo, examinando os valores marginais na tabela 2 x 2, foi possível constatar que havia números
similares de homens e mulheres no estudo.
Variabilidade. Grau de dispersão em uma medida, geralmente calculado como o desvio padrão. Por
exemplo, se a mudança no peso corporal produzida por uma dieta varia de ganho substancial de peso a
perda substancial de peso, a mudança é muito variável. Ver também desvio padrão e erro padrão da
média.
Variáveis categóricas policotômicas. Variáveis categóricas com três ou mais categorias. Por exemplo,
o tipo sanguíneo, que inclui A, β e O, é uma variável categórica policotômica.
Variável categórica. Variável que pode ter apenas um número limitado de valores possíveis. Por
exemplo, o investigador transformou suas aferições de escolaridade autorrelatada em uma variável
categórica com quatro valores: menos do que ensino médio completo, ensino médio completo ou
superior incompleto, ensino superior completo, pós-graduação. Ver também variável contínua, variável
dicotômica e variável ordinal.
Variável confundidora ou de confusão. Ver confundimento.
Variável contínua. Uma medida que, teoricamente, pode ter um número infinito de valores possíveis.
Na prática, o termo é, com frequência, utilizado para medidas que têm “muitos” valores possíveis
(alguns dizem 10 ou mais, outros dizem 20 ou mais). Por exemplo, a pressão arterial sistólica foi
aferida como variável contínua em mmHg utilizando um esfigmomanômetro com coluna de mercúrio.
Ver também variável categórica, variável dicotômica e variável discreta.
Variável de desfecho. Definição formal do desfecho para cada sujeito. Por exemplo, em um estudo
sobre os efeitos de diferentes tipos de exercícios físicos sobre o peso e a composição corporal, as
variáveis de desfecho foram definidas como a mudança no peso em kg desde a linha de base até a

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