FINANÇAS - UM INÍCIO PROMISSOR
Banco Central do BrasilRevista Veja/Nacional - Economia
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
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Autor: Luisa Purchio, Victor IrajáDepois de mais de duas décadas, o Banco Central
ganha autonomia formal e sinaliza a disposição do
presidente da Câmara em aprovar as reformasA escolha foi bastante simbólica. Como primeiro projeto
a ser aprovado em sua gestão à frente da Câmara do
Deputados, Arthur Lira (PP-AL) optou pelo que oficializa
e regulamenta a autonomia do Banco Central. A
estratégia, que merece aplausos, se provou acertada e
bastante inteligente. Primeiramente por se tratar de um
assunto pacificado dentro do Congresso e da sociedade
em geral. O tema é discutido no Parlamento desde 1991
e estava mais do que maduro para, enfim, virar lei.
Depois pelo maiúsculo resultado. A vitória foi tranquila,
com 339 votos a favor e 114 contra — emendas
constitucionais precisam de 308 votos. No começo de
novembro, a matéria já tinha sido aprovada no Senado
por 56 a 12.Além de trazer a promessa de benefícios econômicos
para o país, a autonomia do BC simboliza um aceno do
novo comandante da Câmara à agenda de caráter
liberal do ministro Paulo Guedes. É também um sinal
ao mercado de que as reformas deverão ser tratadas
como prioridade. “A votação demonstra a retomada do
diálogo entre o Congresso e o Executivo”, afirma o
deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), relator
do projeto.Se isso vai se confirmar, dependerá da vontade política
não só do Parlamento, mas também do presidente Jair
Bolsonaro. Pela frente, ainda precisam vir as reformas
administrativa, tributária e a PEC Emergencial, entre
outros temas essenciais ao país. À parte seu caráter
simbólico, a autonomia do BC, que precisa da sanção
de Bolsonaro para entrar em vigor, também tem
potencial de trazer frutos importantes e duradouros. O