torre.
— O senhor tem qualquer tipo de indício de que a Srta. Clark foi a pé até a
torre, xerife?
— Não. Mas ir a pé é uma boa teoria.
— Teoria! — Tom virou-se para o júri. — A hora das teorias era antes de vocês
prenderem a Srta. Clark, antes de a manterem dois meses na cadeia. O fato é que
não têm como provar que ela foi a pé e não havia tempo suficiente para ela ir por
mar. Sem mais perguntas.
Eric encarou o xerife para a sua interrogação.
— Xerife, não é verdade que as águas perto de Barkley Cove estão sujeitas a
fortes correntezas, repuxos e correntes subterrâneas que podem influenciar a
velocidade de uma embarcação?
— Sim, é verdade. Todo mundo que mora aqui sabe disso.
— Alguém que soubesse tirar proveito de uma correnteza dessas poderia ter
ido muito depressa de barco do porto até a torre. Nesse caso, seria muito factível
encurtar o trajeto de ida e volta em vinte minutos. Correto?
Eric estava contrariado por ter de sugerir mais uma teoria, mas tudo de que
precisava era algum conceito plausível ao qual os jurados pudessem se agarrar para
convencê-los.
— Sim, está correto.
— Obrigado.
Assim que Eric virou as costas para o banco das testemunhas, Tom ficou de pé
para o seu interrogatório.
— Xerife, o senhor tem ou não algum indício de que uma correnteza, repuxo
ou vento forte tenha ocorrido na madrugada de 29 para 30 de outubro e pudesse
ter reduzido o tempo necessário para alguém ir de barco do porto de Barkley
Cove até a torre de incêndio, ou algum indício de que a Srta. Clark tenha ido a
pé até a torre?
— Não, mas tenho certeza de que...
— Xerife, não faz diferença nenhuma do que o senhor tem certeza ou não.
Tem algum indício de que um repuxo forte tenha ocorrido na noite de 29 de
outubro de 1969?
— Não, não tenho.
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1