assunto. Pode ser que isso lhes dê um incentivo.
— E a sargento Neagley tem aqui correio do Departamento do Exército.
— Urgente?
— Não me parece.
— Então espera até eu falar com a Sinclair.
— E podemos combinar uma hora?
— Diz-lhe que fica marcado para daqui a duas horas — respondeu Reacher.
Foram à procura do bar onde Helmut Klopp tinha presenciado o encontro.
Ficava a vinte minutos do hotel, a mesma distância a que se encontrava da casa
segura, mas num vetor diferente. Como dois raios da mesma roda. Passaram pelo
bar, sem abrandar nem acelerar, a olhar sempre em frente, inspecionando o sítio
de esguelha. Era no rés do chão de um edifício de pedra mais antigo, que poderia
ter sido em tempos um prédio de habitação ou uma fábrica, provavelmente
carbonizado durante a tempestade de fogo da Segunda Guerra, mas considerado
reparável. O bar tinha uma porta central, numa fachada de tábuas de madeira.
Mas não era um aspeto rústico. Não parecia a parede lateral de um celeiro no
meio do campo. As tábuas eram de madeira verdadeira e estavam coladas umas
às outras e perfeitamente aplainadas. Tinham uma cor dourado-escura, estavam
muitíssimo envernizadas e reluzentes, lembrando um barco a remos num lago de
um parque. Havia janelas pequenas, com cortinas de renda creme cor de café
penduradas por trás das metades inferiores e espirais de bandeirinhas de papel
presas com fios por trás das superiores. As bandeirinhas de papel eram todas
alemãs. A luz lá dentro era fraca e ambarina.
Neagley disse:
— Temos duas pessoas a seguir-nos.
E Reacher retorquiu:
— Onde?
— Lá atrás, à esquina, a uns cinquenta metros de nós.
Ele não olhou.