Nesse momento, na garagem da polícia, o técnico das impressões digitais
estava ao telefone com o chefe dos detetives Griezman. Informou-o de que tinha
conseguido retirar uma ótima impressão do cromado na parte de trás do fecho da
porta. Clara como água. Tendo em conta a forma, e de acordo com o olhar
experimentado dele, era o dedo médio de uma mão direita, de tamanho normal
para um homem ou grande para uma mulher. Não havia correspondências em
nenhuma das bases de dados federais. Logo, quase de certeza que o autor do
crime não era alemão.
Os quartos melhores possuíam telefones de consola luxuosos, e Neagley pôs
o dela em alta-voz e sentou-se na cama. Reacher sentou-se numa cadeira. Em
McLean, o telefone também estava em alta-voz. Reacher ouviu o eco distante e,
a seguir, ouviu Sinclair a dizer olá, depois Waterman e, por fim, White. Calculou
que estivessem todos no gabinete, à mesa de conferências, sentados nas cadeiras
de couro.
— Já conseguiram chegar a algum lado? — perguntou Sinclair.
Parecia cansada.
E Reacher respondeu:
— A testemunha alemã era um homem chamado Klopp, que nos fez uma boa
descrição, do que resultou um bom retrato-robô. Que vos foi enviado por faxe. O
Klopp diz que já viu o tipo duas vezes. E, depois disso, houve uma outra
testemunha que já viu o tipo três vezes. Sempre no mesmo bar. Que parece ser,
em parte, um antro político de extrema-direita e, em parte, um mercado
clandestino. Negócios de toda a espécie, pelos vistos.
— E isso vai ser o local do segundo encontro?
— As probabilidades estão contra. Eles podem escolher todo e qualquer sítio,
da Escandinávia ao Norte de África.
White juntou-se à conversa e disse:
— Estamos a comparar listas de várias formas possíveis. O Departamento do
Estado disponibilizou uns grandes computadores. Estamos atentos a cerca de