Escola da Noite

— Verificou-me a impressão digital? — perguntou Griezman.
— Verifiquei, sim — respondeu Reacher.
— E?
— Já pode considerá-lo um caso arquivado. Nunca vai ser resolvido.
— E que quer isso dizer?
— Quer dizer que eu sei quem foi e não vou contar a ninguém.
— Mas eu ajudei-o.
— Eu sei que sim. E agradeço-lhe.
— E não recebo nada em troca?
— Ela era uma prostituta muito cara. Logo, a lista de clientes dela tinha
interesse. Mas também não vou contar isso a ninguém.
Griezman não disse nada por um instante.
E depois perguntou:
— A CIA? Eu tinha interesse?
Reacher assentiu.
— Para a parte que foi treinada durante o sistema anterior.
— Você vai chantagear-me.
— Não é o meu estilo. Já lhe disse que não vou contar a ninguém. Não há
compromissos nenhuns. Depende exclusivamente de si saber se me quer
continuar a ajudar. Se o fizer, vou partir do princípio de que se trata de dois
simples detetives a darem-se bem e nada mais do que isso.
Griezman ficou outra vez calado.
— Quero pedir-lhe desculpa — disse. — Não sou o homem que julgava que
eu fosse.
— Isso não me importa — retorquiu Reacher.
— Não sei porque fiz aquilo.
— Não sou seu psiquiatra.
— Mas gostava de saber porquê.
— Ela era gira?
— Incrível.
— Ora aí está.