Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

envolvido num atropelamento e fuga duas horas depois de nós os dois nos
termos ido embora. Ia a conduzir um carro e bateu numa bicicleta. Devia estar
cheio de champanhe, com certeza. Uma testemunha descreveu-o na perfeição.
Mostraram-lhe o retrato-robô providenciado pelo Helmut Klopp e ela confirmou
que era ele. Está tudo ali escarrapachado no registo da divisão de trânsito.
— Quer dizer que o seu homem não o viu a sair.
— A determinada altura, esteve a conversar com um polícia de trânsito. É
capaz de ter acontecido nesse momento.
— Mas, seja como for, não sabem onde está o Wiley.
— Com um grau de certeza aceitável, não.
— Isso é alguma coisa que vos ensinam a dizer?
— Soa a uma coisa sóbria e ponderada, carregada de tecnicismo.
E Reacher retorquiu:
— Há merdas que acontecem. O melhor é esquecer.
— Peço desculpa por o termos deixado escapar — disse Griezman.
— Não se preocupe com isso.
— Vou continuar com a vigilância o máximo de tempo possível.
— Obrigado.
Reacher desligou e contou a história. Sinclair perguntou aquilo que estava na
cabeça de todos:
— Será que isso foi a entrega? Será que a deixámos passar? Será que ele
estava tão stressado que atropelou uma bicicleta?
— Tem de ser demasiado cedo — afirmou Vanderbilt. — Foi a meio da
primeira noite. Não lhe podem ter pago já. Portanto, ainda não terá feito a
entrega. A não ser que seja mesmo estúpido.
— Na pior das hipóteses, ia a caminho do aeroporto — sugeriu Landry. —
Para apanhar o primeiro voo para Zurique. Se calhar, preferia esperar lá um dia
ou dois do que aqui. E, nesse caso, terá levado o que vai entregar. Se for
pequeno. Para fazer a troca no gabinete do banqueiro, como disse o Reacher.
— Devíamos estar a vigiar os aeroportos — acrescentou Waterman.
— E estamos — respondeu Sinclair. — Os dois aeroportos têm um circuito

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