Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

enérgica e, também hipoteticamente, os caixotes do lixo de rua poderiam ser
revistados, portanto, para quê estar a deixá-los fazer um círculo no mapa e
descobrir onde ele vivia? O melhor era deixar aquilo ali mesmo. O senhorio
encontrá-lo-ia passado um mês. E, por essa altura, já não interessaria.
Wiley pegou no telefone e ligou para a agente de viagens. A mesma rapariga
que lhe tinha reservado a viagem para Zurique. Falava bem inglês. Sabia que ele
gostava de ficar sentado à janela. Tinha os pormenores todos do passaporte novo
e reluzente dele.


Muller não telefonou. Ninguém ficou surpreendido. Tinham abandonado a
hipótese de Frankfurt e viraram baterias para Bremen. Para a casa do tio Arnold.
Bishop foi buscar um mapa da CIA e abriu-o em cima de uma mesa. Segundo as
informações da embaixada, a primeira linha da morada era Gelb Bauernhof. Um
nome, em vez de um número numa rua. Logo, possivelmente, uma localização
rural. Possivelmente, uma quinta. Reacher pôs-se a imaginar celeiros, garagens e
anexos e mais pilhas de pneus gastos.
Esconderijos.
— Precisamos de um carro — afirmou.
— Precisam de um plano — retorquiu Bishop.
O telex recomeçou a fazer barulho.
— A folha de serviço do tio Arnold — disse Neagley.
— O nosso plano é eu e a sargento Neagley fazermos vigilância e
recolhermos informações — explicou Reacher.
— Negativo — respondeu Bishop. — A CIA e o NSC têm de estar
representados. Eu e a doutora Sinclair iremos convosco. E as regras de combate
são não haver nenhum combate. Uma simples e rigorosa observação. Trata-se de
uma condição inegociável. Juridicamente, estamos a falar de uma situação
complexa.
— Venham armados — disse Reacher. — O Wiley tem uma arma. E, se for
uma quinta, haverá uma caçadeira.

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