carrinha velha pela cabina. Apressou-se a dar a volta e entrou na carrinha nova,
pondo-a a trabalhar. Avançou com ela, para depois recuar e começar a virá-la,
até ficar outra vez de frente, estacionando-a no lado direito, desligando-a e
trancando-a. Encheu novamente o saco e fechou a porta dupla, correndo os
ferrolhos, cerrando o fecho e pondo os cadeados.
Quase quarenta minutos. Muito tempo. Foi até à esquina e arriscou uma
olhadela à rua de pedras arredondadas. Até à ponte de metal. A seguir a ela, na
estrada principal, o trânsito ia circulando. Da esquerda para a direita e da direita
para a esquerda. A uma velocidade normal. Sem sirenes. Nem pneus a chiar.
Nem luzes a piscar.
Lógico.
Pegou no saco e utilizou as pontes pedonais, passando de cais em cais, até
chegar a casa.
Reacher percorreu meio bairro de St. Georg, virando para oeste,
acompanhando a estrada que circundava o lago. Não viu nada de interessante.
Carros, mas sem que nenhum tivesse lá Wiley. Peões, sozinhos e em grupos, mas
sem que nenhum fosse Wiley. Acabou por parar numa passadeira. A estrada
principal seguia em frente, até St. Pauli. Havia uma curva estreita à esquerda que
dava para uma ponte de metal retangular. Viu pedras arredondadas e o luar
refletido na água preta. Tudo sossegado. Nenhum movimento.
Desistiu, dando meia-volta e começando a regressar. As pessoas estavam em
casa a ver televisão. Centenas de salas com um brilho azul. Notícias em direto,
sem dúvida. Os cartuchos de pistola tinham sido uma jogada bastante esperta.
Podia dar-se a volta às explosões e declará-las acidentais. Os tiros, nem por isso.
Uma forma de atrair as atenções. Um exemplo clássico, aliás. Tinham passado
um ano a planear tudo.
Voltou para o consulado, onde o segurança da noite o deixou entrar e onde
Neagley o informou de que o estado-maior general tinha transmitido a ordem ao
general Helmsworth. Tinha uma reserva no voo noturno da Delta, direto desde